domingo, 27 de março de 2011

SERTANEJO (?) UNIVERSITÁRIO (?)

Nos últimos tempos temos nos deparado com um novo “ritmo” musical em nosso país: O sertanejo universitário. Como vocês puderam ver no título deste artigo não concordo (ou no mínimo não entendo) com essa nomenclatura dada a esses artistas e músicas. A notar: Os ditos sertanejos universitários são os Luans Santanas, Michels Telós e os Jorges e Mateus (dentre outros) da vida. Isso posto, vamos lá. Primeiro: Chamar a música destes caras de sertaneja deve doer os corações e os ouvidos do Pena Branca e Xavantinho, do Tonico e Tinoco e do Serjão Reis. Esses sim, artistas genuinamente sertanejos. Poderíamos chamar, na minha humildíssima opinião, esse estilo musical de... Romântica. Viu? Romântico. Simples. Mas o problema mesmo. O que tem pegado mesmo, é esse “sobrenome” universitário. Queria entender isso. A música é feita por universitários? Só universitários ouvem? Elas são gravadas nas nossas faculdades federais? Alguém me explique, por favor. Suspeito que infelizmente não seja isso. O batismo de universitário, neste caso, serviria simplesmente para dar a este estilo um (olho o trocadilho) estilo. Sim. Ser universitário daria a esse ritmo musical um status, algo do tipo “nossa! A música é de qualidade, pois é universitária”. Aí entramos com outro problema. Desde quando algo feito para ou produzido por universitários é de qualidade? Quantas coisas são produzidas dentro das academias que são, desculpe a expressão, uma merda? Muita. Chega feder (olha o trocadilho denovo). Outra coisa: provavelmente essa nomenclatura tenha partido das gravadoras num afã de tentar elitizar a coisa. Mas então pensemos no seguinte: Será que esse ritmo é tão ruim, tão de má qualidade assim que precise de uma “forcinha” de um sobrenome pra ficar mais audível ou aceitável? Se for, teremos grandes problemas. O sertanejo universitário é febre no país. Seus interpretes são sucesso no Brasil. Ou seja, dentro dessa perspectiva, a nossa pátria tem ouvido (e gostado) de uma grande porcaria musical. Não duvido muito na verdade. Mas juro por papai do céu que teimo em não acreditar. Só por informação não tenho nada contra (e nem a favor) dos sertanejos universitários. A questão é, desde o inicio, somente do porque de ter que usar o universitário como sinônimo de qualidade. Talvez a solução seja “dar uma fugidinha com você” (putz). Bem, no forró o termo universitário colou então... Fico no aguardo do funk universitário, da música baiana universitária e do pagode universitário.            

Um comentário:

  1. Pô pior que já existe o pagode universitário...kkkk - Jackson

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