quinta-feira, 31 de março de 2011

O ABORTO QUASE DEFINIU UM PRESIDENTE


O Brasil tem uma nova presidente. Que Deus abençoe sua mente e coração e que sua administração seja bem executada e que finalmente possamos deixar de ser “um país de terceira com pessoas de primeira” para sermos “um país que não precisa de nomenclatura de terceiros”. Mas o assunto que quero dissertar é o seguinte: A influencia da questão do aborto na campanha eleitoral. Sim, em cantos opostos da questão os dois até então candidatos a presidencia da república à época (já em segundo turno), Dilma Rouseff e José Serra. A primeira, em declaração dada meses antes da campanha eleitoral, afirmou ser a favor da “abertura das conversas sobre a [possível] legalização de lei do aborto” e o outro, utilizando de meios nada ortodoxos espalhou tal declaração (você deve ter recebido, na época, algum e mail ou scrap do Orkut falando sobre isso né?). Dilma Rouseff, após a carga negativa de tal afirmação, veio a publico dizer que era “cristã” e como tal era terminantemente contra essa lei, contrariando as suas próprias palavras ditas em tempos anteriores. José Serra, por sua vez, também veio a publico dizer que em nada tinha a haver nas quantidades absurdas de e mail e scraps enviados falando a respeito (afirmaram que Dilma era até satanista) tendo essa declaração sobre o aborto como carro-chefe. Agora, cá pra gente, difícil acreditar que o candidato tucano não tinha a haver com isso né? Bem, sabemos que uma campanha eleitoral é (infelizmente) uma guerra, mas os dois precisavam ser tão dissimulados e sem palavra desse jeito? Tanto Dilma quanto Serra venderam seus ideais em troca do apoio de A ou B, remando contra suas próprias convicções em prol de ganhar uma eleição. Uma pena! Falando especificamente sobre a questão do aborto, admito que, como cristão, tal assunto me assusta de fato, mas tê-lo como determinante numa corrida eleitoral já é um pouco demais. Temas importantíssimos como saúde pública, educação, economia e segurança foram literalmente postos de lado. Os índices de pesquisa (que não são lá tão confiáveis) apontavam uma queda da candidata petista e uma subida leve do tucano (aquele que disse que não tinha nada a haver com os tais e mails e scraps) e uma subida muito grande de Marina (será que, por ser evangélica, confiavam que ela seria totalmente contra o aborto?). Tais dados, até então no primeiro turno, deixavam claro que o tema legalização do aborto, era o determinante das subidas e descidas nos pontos percentuais dos candidatos. A participação dos cristãos nisso (inclui-se os evangélicos, claro) foi preponderante na mudança do panorama eleitoral. É óbvio que os evangélicos têm que ter participação ativa na análise dos projetos dos candidatos, e é claro que tem que defender seus interesses, mas opcionar seu voto por causa de um ponto especifico não é aconselhável. Imaginemos a situação hipotética de a candidata Dilma ser a favor do aborto, porém tendo um excepcional plano de governo e que os candidatos Serra e Marina fossem contra o aborto, mas tivessem um péssimo plano de governo, em quem você votaria? Nem me venha falar que votariam em branco ou nulo, por favor. Acredito que você que estiver lendo esse artigo tenha ficado em dúvida como eu também fiquei, mas paremos para pensar sobre o assunto. Chegou a alguma conclusão? Talvez não, não é? Pois o assunto é bem complexo mesmo. Então fica a dica para as próximas eleições. Não se deixe inflamar por um discurso que pontue um só assunto esquecendo de atentar-se ao que interessa, que é o plano de governo do candidato como um todo, pois as eleiçõs para prefeito vem aí. Ah, e só lembrando: O aborto continua proibido em nosso “laico” país.   
       

Nenhum comentário:

Postar um comentário