quinta-feira, 31 de março de 2011

ROUPA, CHOCOLATE, E UM PINGENTE DE BAILARINA


Ela tem poder de virar as cabeças, balançar as pernas e apertar os corações. Pulsações na batida da música. Que música? Se ela dança, eu danço. Mentira! Eu não sei dançar. Mas também não sei escrever e escrevo. Talvez porque seja a única forma de tentar (eu disse tentar) expressar o que Elaine é. E o que Elaine é? Eu sei lá. Ainda não inventaram um jeito de expressar o tudo. O tudo é muito tudo, sabe?!? Elaine é como um furacão vindo ao norte de um lugar qualquer, varrendo a varanda pra deitar numa rede que não existe, pra namorar o mundo, e se fartar com as paixões. É convicção das puras, é o entender que não se precisa pensar antes de agir, e que agir é coisa do bem. É bem casado, casadinho e desquite até. É bolo de aniversário de chocolate, é o lambuzar o canto da boca, é o beijar de língua mesmo que a boca esteja suja de glacê. É o dar as mãos pra abraçar o planeta e esticar os dedos para tocar numa estrela. É cometa, meteoro, Plutão, Marte e Vênus. Ela é de outro mundo. E é daqui mesmo. Está na esquina e no fim da rua. Dá as mãos pra atravessar a vida olhando para os dois lados. É o olho fechado que só se fecha quando se sonha. É o sonhar acordado. É o brilho do luar e é a chuva que nos molha. Eu me molhei. Foi arco-iris no dia nublado de inverno e pintou o sete no número oito do dia nove. É matemática aplicada na veia, é “véia”, nova e meia idade. Tem gosto que gosto de sentir. Sabor manga morena do pecado. Não tem pecado algum. Ela é a quitanda e o multi hiper mega mercado. Fechada pra balanço, balançou. Então teve furacão e terremoto? Não, não teve, foram só metáforas. Eu sei lá. O tudo é tão tudo. A página vai acabar e nem comecei. Nem sei por onde começar. Você é começo, meio e fim. Morro e vivo todos os dias em seu colo. E não há roupa chocolate ou pingente de bailarina que expresse o quanto eu te amo. Eu sei que essa crônica é sua, mas é que não consigo mais saber onde termina você e começo eu.

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