Putas ainda são putas. Elas não são princesas. Eu não sei mais onde nossa sociedade vai parar! Este mês fui vítima de uma enxurrada de informações referentes às prostitutas. Todas, pasmem, favoráveis. As mulheres de vida fácil viraram, dentro dessa nossa bizarra sociedade, meninas legais, princesinhas, quase santas. Tudo capitaneado pela famigerada Bruna Surfistinha, amparada pela Maria do Big Brother Brasil 11 e pela lembrança que não me saí da cabeça do filme Uma linda mulher com a Julia Roberts. Nos três casos as prostitutas (a tal da Maria não admite sua “profissão”) são legais, gentes boas, e tiveram uma vida profissional tranqüila, quase sem atropelos. É praticamente uma propaganda velada (vire prostituta e você poderá aparecer na Globo). Mas não é assim. O filme americano da Julia Roberts e do Richard Gere foi à maior bizarrice já inventada (admito, mesmo assim, que devo ter visto o filme umas dez vezes já, a maioria, acreditem, na sessão da tarde). Quem dera para as prostitutas que todos os clientes fossem bonitões e legais como o galã americano. Eles não são. São feios, gordos, e casados. Alguns drogados. Outros batem nas “meninas”. Elas tem cafetões (que também metem a mão na cara delas) e nenhum mocinho hollywoodiano a salva. Muitas se drogam como a Bruna Surfistinha (mal é falado no filme porque o importante é que ela era blogueira e ficou rica). Só que, infelizmente para as profissionais liberais de plantão, criar um blog não vai ajudar. A tal Rachel Pacheco é à exceção da exceção (e mesmo assim, na verdade, florearam bastante a vida da garota). A Raquel Surfistinha quase foi “pro saco” numa overdose e teve que se virar fazendo filmes pornôs depois da “fama”. Ela não ficou rica como se quis propagandear. Longe disso. Hoje ela aparece nos programas de TV como celebridade (meu pai) dando entrevistas contando de seu trabalho. Tudo no maior orgulho. Praticamente uma empresária (putz), mas na verdade verdadeira das verdades ela ralou e foi ralada (olha o trocadilho) pra caramba. Mas talvez se ela entrar no BBB, ficar chapada direto, tirar a calcinha e pegar nos paus dos caras, ela possa chegar à final, afinal ser puta é ser cool. Nada, nadica de nada mesmo, contra as “primas”, mas eu ainda sou do tempo que putas eram putas.
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