terça-feira, 29 de março de 2011

O PASSAR-A-MÃO-NA-CABEÇA DOS DIAS DE HOJE NO BRASIL


Dia desses estava assistindo a um programa de TV quando apareceu um rapaz, viciado em drogas, dizendo-se “doente”. Seu estado (de doente) foi posto            como de acordo por especialistas. Isso mesmo que vocês leram. Um viciado em drogas é um doente segundo a nossa sociedade moderna. Eu não sabia que era uma doença que fazia com que o camaradinha, o sangue bom, o espertão, fosse lá cheirar uma carreira de cocaína, fumar um belo de um baseadão, ou uma pedrinha de crack. Será que essa doença (como será que ela se chama?) é parecida com o colesterol ou a diabetes? Talvez com a hemofilia... Pela primeira vez que uma doença é adquirida por livre e espontânea vontade do enfermo (colesterol e diabetes, por exemplo, também são “alimentadas” em alguns casos pelo próprio individuo, mas de forma indireta). O Fábio Assunção, cocainomaco, foi tratado pela mídia como vítima. O doentezinho. O coitadinho. Como se algum mal feitor tivesse posto a narigola do pobre rapaz a força naquele pó branco que ele jurava ser uma inofensiva carreira de trigo ou açúcar refinado. Tadinho. Ora bolas. O camarada vai se enterrar na droga e ainda saí de coitadinho. Pelo amor de Deus. Aí é demais. Esse tem sido um gravíssimo problema da nossa sociedade atual: O passar a mão na cabeça. Estamos em 2011 e todo mundo sabe que droga vicia, faz mal e pode matar. Só um estúpido em último grau que acharia que sairia ileso, após consumir entorpecentes. Então se todo mundo (todo mundo mesmo) sabe que as drogas são uma merda porque tratar o usuário como doente, como vítima? Ele não é vítima. Ele procurou. Tenho uma porrada de amigos (atenção: Grifanfo: Amigos) usuários de drogas. Eu nem ligo. Cada um usa o quer. O que me mata do coração é querer tratar o cara que enfia o pé na jaca como bobinho. É por passar a mão na cabeça desse jeito, como estamos fazendo, é que o número de usuários de drogas só tem aumentado. Isso é um circulo vicioso (literalmente). Se pararmos pra analisar que um menino de 17 anos, 11 meses e 29 dias, pode matar e ficar três anos recluso por ser “de” menor (isso mesmo que você leu, só três anos) o que mais pode nos acontecer? (Outro passar a mão na cabeça que nem vou citar). Com isso o tráfico contrata homens (?) cada vez mais jovens (ficarão pouco tempo preso em caso de serem pegos) para, exatamente, fornecerem a droga aos doentes que acima citei. Viu que bonito? Mas é isso. Tadinhos. Um dia a gente percebe que doente mesmo é a nossa sociedade.     

Um comentário:

  1. Faço minhas as suas palavras parceiro.

    Visita e segue meu blog lá tb.

    Israel

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