quinta-feira, 31 de março de 2011

DÚVIDA DE UMA CERTEZA


Sou poeta.
Penso falo sinto.
Escrevo.
Sinto falo.
Não penso.
Escrevo.
Na hora que vem.
Na hora que não vem.
Sou poeta.
Porém o padrão é o meu tropeço.
A gramática é meu avesso.
Caio.
Levanto.
Apenas sou poeta!
Banho-me no chuveiro da
Cultura conta-gotas.
Não tenho dinheiro.
A cultura é “cara”.
Enforquem livros
Eles são elites...
Eu sou poeta romântico.
Realista.
Pós-moderno etc e tal.
Parnasiano?
Não!!!
O padrão é o meu tropeço.
A gramática é meu avesso.
Viva as expressões tristes dos santos!
Minha alma exala flores e espinhos.
Pedras e areia movediça.
Eu moro no campo.
Eu morro na cidade.
Mas nunca morrerei.
Eu sou poeta.
Eu não sou poeta?!
Eu sou poeta.
O mar é meu canto.
Quero apenas liberdade para me expressar.
Utopia nostálgica.
Verdade e
Mentira
Quero falar do futuro que se foi
Do presente que já vem e do
Passado que vivo.
Então eu sou poeta?!
Não importa se a cultura é cara
Pagarei a prestação.
E se por acaso eu for para o SPC
Sobreviverei com o famigerado
Lirismo de um bêbado.

De Marcos Antônio Fagundes.
Ele nem sabe, mas essa poesia é uma expressão de mim.

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