sexta-feira, 25 de março de 2011

O ESPELHO


Quando penso que não sei quem sou, abro os olhos e vejo as pessoas que amo e me vejo.
Sou espelho de quem desejo e reflexo do que faço.
Abro os olhos e não me vejo tão melhor, mas pior quando os fecho.

O brilho do seu olhar me toma todo.
Nos seus olhos enxergo tudo o que sempre quis enxergar.
Devia ter saído mais cedo dessa escuridão.

Portanto meu espelho nunca vire as costas para mim, senão não me vejo.
Sem seu reflexo não sou ninguém.
Sem teu brilho não me enxergo, nunca me abandone, nem se quebre, meu bem.

E não vem com esse papo que os anos passaram e eu mudei.
Porque quero meu reflexo de moço para sempre.
Minha cabeça e meu coração eternamente.

Vivi em erro por muito tempo.
Deixando meus espelhos cobertos por tamanha empáfia minha.
Mas mudei minha linha, troquei-a antes do fim.

E me vi melhor com os olhos do coração.
Deixei a razão para os fracos, eles sim se apegam a perfeição.
Porque meu espelho me entende, ele lê a minha mente e me ajuda.

Minha mente também o vê, minha mente também o cega às vezes.
Mesmo assim meu espelho me vela, e zela pela minha gente. Gente que eu amo, sigo, confio...
Gente que não se repete. Não há repetição para o amor.

E espelho, por favor, não venha irritantemente, querer mudar meu coração e minha mente.
Eles são e serão sempre iguais, porque quero meu reflexo de moço pra sempre.
Minha cabeça e meu coração eternamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário