Estamos em 2011 e nunca na estória deste país (familiar isso né?) a palavra teve tanto poder. Porém este poder reverteu-se. De tão poderosa, de tão devastadora, a palavra foi censurada. Ninguém fala. Ou melhor, ninguém fala mais aquilo que pensa, somente fala aquilo que condiz com as convenções sociais ou com o politicamente correto. Jogadores de futebol parecem robôs. Comediantes são polidos o tempo todo, e os políticos... Bem, os políticos sempre foram “cheios de dedos” com as palavras mesmo. Quando alguém fala alguma coisa, alguma coisinha mesmo, de diferente, cria-se um estardalhaço. O Twitter, por vezes, é o local onde ocorrem algumas confusões. Dia desses o comediante Danilo Gentili (um dos poucos que não tem “medo” de falar) escreveu algo contra a Hebe na ferramenta virtual. Pronto. Meio mundo o criticou lhe deferindo os maiores impropérios. Tudo porque, se não me falha a memória, ele a chamou de velha. Tudo porque Hebe vinha de um câncer. Oras. E o que que tem? Não me lembro em qual artigo de lei está escrito que não se pode fazer piada com quem tem câncer. Seria indelicado, mas, fora isso... O Marcelo Dourado do BBB10 se disse contra os homossexuais (direito dele) e, pronto, criou-se quase uma comoção nacional por causa disso. Meu Deus o que seria pior: Ele não gostar de gays ou mentir? Eu acho que pior seria ele mentir. Agora eu faço outra pergunta. O que que mudou na vida dos gays o fato do famosíssimo “quem?” chamado Marcelo Dourado falar que não é chegado à causa homossexual? Absolutamente nada. Tenho certeza. Então porque cercear as opiniões? Vivemos uma ditadura democrática implícita no Brasil. Todos têm suas opiniões, mas a guardam pra si, por medo da opinião pública (que nem é tão pública assim às vezes é só do pessoal do trabalho, da pelada, ou da família). Guardamos o que a gente pensa só pra nós. Expô-las já é até crime em algumas situações. Vou postar isso logo. Não vai demorar para proibirem quaisquer palavras escrita ou falada.
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