domingo, 9 de agosto de 2015

CHEGOU A HORA! ELA SE CHAMA...

Liz, Ana Laura, Milena, Claire e Helena. Muitas foram as possibilidades e tamanha foram as dúvidas. Como se chamaria a futura herdeira da família Góes Bahiense? Enfim a espera acabou. Ela se chamará...


A alegria que um dia hei de chegar

Acordaram de um sono confuso, de uma noite mal dormida. Ambos moídos, como se tivessem tomado pancadas em todo o corpo. O gosto, na boca, lembrava de grandes ressacas. A cabeça latejava. Os olhos, inchados, pareciam querer pular pra fora.

Pouco se falou entre eles naquele dia. O silêncio era perturbador e a então certeza de que o mal venceria o sonho era realmente frustante. Uma nuvem pairava sobre aquela casa. O munho havia acabado antes mesmo de começar.

Muitos dizem que o tempo cura tudo. O tempo não cura tudo! Há uma adaptação, talvez um acomodamento. Pessoas se acostumam a sofrer. Acostumam em guardar suas tristezas só consigo, bem escondido, às vezes escondido da gente mesmo.

Tentou-se de novo. Sofreu-se de novo. Desistiu-se. 

Sacudiu-se a poeira, mas a volta por cima foi só dita e não concretizada. Buscou-se paliativos que depois viraram realidade. Reestruturaram-se. A partir de então pairava a dúvida: Tentar de novo? Não, era a resposta que vencia. O medo vencia. E esperança, naquele momento, era só uma utopia, ou talvez um nome próprio somente. Como ela seria a última a morrer se sequer havia nascido?

Não buscamos a aventura. A aventura nos buscou. O ceticismo de um foi derrotado pela positividade da outra. Agora daria certo. Deu certo!

Não à toa que os corações são símbolos do amor. Ao ouvi-lo pela primeira vez um mundo novo foi criado. Sonhos nasceram. Vidas modificadas e um futuro se abriu em meio a nuvens carregadas de incerteza.


À medida que o tempo passou descobrimos um amor que não tínhamos até então. Ganhamos presentes e um presente. E um gênero: Papais ela é uma menina!

Vários nomes foram especulados. Muitos sugeridos. Papai e mamãe não chegavam a uma conclusão. Estórias foram criadas. Vidas imaginadas. Semanas se passaram. Chegou a véspera do dia dos pais.

Ela o chamou no quarto. Ele foi correndo. Preocupou-se com a saúde dela. Nada disso. Um pacote estava em suas mãos. Azul. Dois corações em sua frente. E um rosto sapeca presumia uma traquinagem. O futuro papai havia sido enganado. 

Abriu o pacote. Emocionou-se com a roupinha que retransmitia seu desejo: "eu amo o papai". No fundo um livro do qual o pai falara durante semanas. Dentro uma dedicatória, escrita pela mãe, mas incentivada pela filha.


Nela, belas palavras. Algumas encorajadoras, outras incentivatórias. A certeza da constituição de uma família, de um sonho realizado e de que, por mais tardia que seja, as alegrias haverão de chegar. No fim a assinatura da mamãe, do bichinho e dela:

Laura Góes Bahiense. 

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