segunda-feira, 21 de novembro de 2016

COMO FAZER UMA BOA INTRODUÇÃO? - CONTEXTO HISTÓRICO

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Contexto histórico

Uma das formas mais interessantes de se começar uma redação é atribuir o CONTEXTO HISTÓRICO DO TEMA logo no início de seu texto.

Isso lhe valerá algumas vantagens como:

·    Eliminar o famoso bloqueio para se começar o texto, tão comum quando se produz um escrito dissertativo argumentativo.

·    Fugir das obviedades. 

·  Inserir uma citação indireta (conhecimento histórico e/ou de mundo), o que lhe atribuirá pontuação positiva na Competência IV.

Mas como inserir um contexto histórico adequado e condizente com o tema?

Primeiramente é necessário um razoável conhecimento de História. Pelo menos de temas e acontecimentos marcantes como o Império Romano, a Revolução Industrial ou a Segunda Guerra Mundial, por exemplo. Mas, a fim de facilitá-los temos alguns “contextos coringas” que podem ajuda-los.

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O primeiro. Revolução industrial.


A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. 

Até o final do século XVIII a maioria da população européia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo. 

Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.

A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos. 

Pode ser empregado em temas como: Mobilidade urbana; Modelo de família do século XXI; A sustentabilidade de empresas e o aquecimento global; Prevenção de desastres ambientais; Gestão de Resíduos Urbanos...


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O segundo. Influência da Igreja Católica

A Igreja Católica registra em toda sua história um lastro de apoio assistencial aos mais pobres. Entretanto, essa mesma Igreja, se utilizou de sua influência através, especialmente, de documentos como as Encíclicas Papais Rerum Novarum e Quadragesimo Anno , para servir como instrumento de dominação ideológica e obscurecer a questão social – tema que passou a ser conhecido como é hoje – no final do século XVIII com a emergência da Revolução Industrial e das lutas sociais em países como Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha.

Insatisfeita com a adesão dos trabalhadores aos movimentos sociais, a Igreja Católica começa a expedir documentos com o objetivo de “resolver” o problema, pois, segundo o Papa Leão XIII: “... o problema não é fácil de resolver, nem isento de perigos... a questão de que se trata é de tal natureza que a não se apelar para a religião e para a igreja é impossível encontrar uma solução eficaz.” (Rerum Novarum, 1891, p. 2).

Entretanto, o objetivo da igreja com os documentos era coibir os trabalhadores, como vemos: “... seja, portanto, primeiro princípio e base de tudo: não há outra alternativa senão a de acomodar-se a condição humana...” (Rerum Novarum, 1981, p. 15-16). Apesar de reconhecer o problema e “tentar” uma solução, a Igreja não tocava no cerne da questão social, ao contrário, defendia a desigualdade e persuadia os trabalhadores a aceitarem sua condição de pobreza como propósito divino: “O primeiro princípio a pôr em evidência é que o homem deve aceitar com paciência a sua condição: é impossível que na sociedade civil todos sejam elevados ao mesmo nível.”

Pode ser empregado em temas como: A questão da igualdade de gênero no país; Intolerância religiosa; Desigualdade étnica e de gênero; Liberdade de expressão e mídia; Justiça com as próprias mãos; A superlotação da população carcerária e a ressocialização dos presos.

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Terceiro. Sociedade patriarcal advinda do Brasil-colônia

Modelo vindo da Europa na época colonial do Brasil, que estabeleceu a estrutura familiar com a figura do pai como provedor financeiro e moral da família, enquanto a mulher (mãe) cabia cuidar da casa e dos filhos. Pelas intempéries da época e pelo caráter basicamente braçal das atividades, competia aos homens compor a força de trabalho. Por conseguinte, cabia às mulheres ficarem em casa velando pelo bem-estar da família.

Essa estrutura convencionou-se e pôs na figura masculina a pecha de chefe. Em suma, cabia somente a eles as decisões na sociedade e em suas próprias casas. As mulheres, as crianças e aos mais velhos cabia o papel de subordinado, por vezes sem voz ativa nenhuma.

Tudo tornou-se ainda mais aplicável, pois a igreja aceitava e propagava tal modelo, fundindo tal estrutura social com um convencionismo religioso. Logo, quando as famílias fugiam de tal paradigma eram consideradas inadequadas e, por vezes, pecadoras. Essa fusão entre estrutura social com religião que convencionou, por exemplo, que a homodiversidade, o consumo de drogas, o aborto, dentre outros, fossem considerados como elementos errados e, portanto, não aceitos. Ainda que com a modernidade a questão dos gêneros seja vista de forma mais ampla, ainda é comum que alguns membros da sociedade se auto intitulem como “conservadores”, voltando-se contra questões que ferem o Cristianismo, seguindo uma cultura do século XVII e XVIII.

Pode ser empregado em temas como: A questão da igualdade de gênero no país; Intolerância religiosa; Desigualdade étnica e de gênero; Liberdade de expressão e mídia; Justiça com as próprias mãos; A superlotação da população carcerária e a ressocialização dos presos.

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Quarto. A popularização da internet

A internet passou a ganhar popularidade no ano de 1995. O ministério das Comunicações e da Ciência e Tecnologia criaram, por portaria, a figura do provedor de acesso privado à Internet e liberou a operação comercial no Brasil, isso possibilitou o surgimento acelerado de provedores de acesso, portais de serviços e o barateamento dos computadores.

Os primeiros sites brasileiros surgidos eram de notícias posteriormente, surgiram os de entretenimento, pesquisa e posteriormente os sites de compras. Atualmente, a internet é um elemento básico, nos mais diferentes tipos de organizações tanto no Brasil quanto em qualquer parte do mundo.

Hoje no Brasil, estudos apontam que 32,1 milhões de brasileiros, cerca de 21,9% da população acima dos 10 anos de idade, utilizaram a rede mundial de computadores, a internet, no país. O Brasil ocupa a 62ª posição no mundo em relação ao uso da internet (Dados divulgados pelo IBGE).

Com o crescimento das redes sociais e a possibilidade do anonimato, proliferaram-se vários casos de intolerância, refletindo parte do pensamento da população brasileira, incubada por proibições legais ou comportamentais. Os convencionismos e o politicamente incorreto se confundem entre a liberdade de expressão e o bullying e o crime.

Pode ser empregado em temas como: A questão da igualdade de gênero no país; Intolerância religiosa; Desigualdade étnica e de gênero; Liberdade de expressão e mídia; Justiça com as próprias mãos; Limites entre Humor e Bullying.

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Como aplicar em uma redação?

Por exemplo. Vamos supor que o tema seja “A questão da igualdade de gênero no país”.

Desde o Brasil-colônia que nossa sociedade vive uma estrutura patriarcal, pautada pela cultura advinda da Europa que, aliada a influência da religião cristã, estabeleceu certo conservadorismo que traz consigo, através da História, o ideal de que cabe ao homem o papel de chefe da família, enquanto compete a mulher a pecha de dona de casa e organizadora do lar

Contudo, desde meados do século passado, a estrutura familiar do país tem mudado drasticamente. Gradativamente avôs, avós e, principalmente, as mulheres tem assumido a responsabilidade de provir a renda e a influência moral de seus lares. Mas os direitos e a aceitação da sociedade, porém, permanece arraigada à estrutura vinda dos séculos XVII e XVIII, causando conflitos e atrasando a aplicação de leis e recomendações que visem, por exemplo, abrir o mercado de trabalho à esta nova classes de chefes da família...”  

Abaixo vídeo sobre como introduzir bons contextos históricos nas redações:


sexta-feira, 28 de outubro de 2016

POSSÍVEIS TEMAS PARA O ENEM 2016 E BREVES RESUMOS DOS ASSUNTOS ABORDADOS

Acompanhem possíveis temas e breves resumos para a redação do ENEM 2016. 

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* Mobilidade urbana - Fala acerca de como as cidades foram construídas e apela para a forma desordenada de crescimento - com enfoque especial no trânsito.  

O que você pode falar? A solução é a aplicação de transportes públicos baratos, confortáveis e de qualidade tamanhas que convençam o trabalhador comum a trocar seu automóvel pelo ônibus, trem ou metrô. Este último, aliás, vale atenção especial, uma vez que é pouco poluente e subterrâneo (influência zero no aumento dos engarrafamentos). As bicicletas são alternativas, uma vez que não poluem e ainda ajudam na saúde do cidadão. Mas ela não vale, contudo, para longas distâncias (como para o trânsito de São Paulo, por exemplo).

* Modelo de família do século XXI - Fala acerca das mudanças que o conceito família teve com o passar dos anos. O modelo papai + mamãe + filhinhos foi modificado em virtude da possibilidade de, por exemplo, casais homoafetivos também poderem adotar.

O que você pode falar? Pela ascensão econômica, equabilidade de gêneros e maior esclarecimento social acerca das questões homossexuais, o conceito de família modificou-se. Hoje o conceito "chefe de família" não se restringe aos homens, uma vez que as mulheres ingressaram fortemente no mercado de trabalho. Avós também criam netos como se filhos fossem (modelo de natalidade desordenada). Maior possibilidade de adoção (perca das burocracias). Aparecimento da ciência (fertilização em vitro e inseminação artificial). Com isso, casais do mesmo sexo podem doar seus genes e ter um filho com carga genética aleatória (filho de dois homens?). Justiça e religião tentam inibir novos modelos preferindo o modo dito convencional. 

* Uso da água na economia brasileira - Como a falta (ou abundância) da água influencia na economia do país.

O que você pode falar? A falta da água diminui a produção de objetos, amainando sua venda e travando a economia. A solução é a reutilização da água. Além da poluição de rios e mares. É, também, a crise do setor energético que está impactando no aumento da conta de energia e, por consequência, no setor comercial, industrial e na própria residência das pessoas. A prova pode pedir para o estudante relacionar a falta de recursos, as questões políticas nessa crise e a solução para a geração de energia, principalmente, uma energia que impacte menos no meio ambiente.

* Legado das Olimpíadas - O que "sobrou" do evento foi útil à população carioca/brasileira?

O que você pode falar? O transporte (em especial os metrôs de superfície - VLT's) e a rede de comunicação foram um importante legado deixado pela Olimpíada. Outros, como a reforma dos aeroportos e estradas, por sua vez, se mostraram apenas paliativos, voltando ao "normal". Ginásios e estádios virarão "elefantes brancos" se não houverem incentivo à pratica esportiva (sugestões importantes para intervenções). Legados "abstratos" como o resgate ao orgulho de ser brasileiro e a ratificação de que podemos organizar grandes eventos são pontos que também podem ser abordados.


* As manifestações políticas - Originalidade das manifestações. Ou o povo é manobrado por uma "força maior". A influência da mídia na levada do povo às ruas.

O que você pode falar? Que estão acontecendo nas ruas, mas que participaram das redes sociais, como essas ferramentas de comunicação e interação “virtual” estão despertando o interesse político e levando às pessoas as ruas. É interessante falar sobre a potencialidade da ferramenta na comunicação das pessoas, no debate de assuntos e de levar a informação ao público. Também é possível falar sobre a confiabilidade do que passa pelas redes sociais, pois nem sempre as informações são corretas.


* Prevenção de epidemias - Dengue, Zica e Chikungunya - Possivelmente o ENEM pode sugerir ao candidato como evitar que tais doenças permaneçam em nosso cotidiano.

O que você pode falar? O tema pode pedir para falar dos novos casos das doenças, das campanhas de combate e sobre a conscientização da população. Os crescentes casos de microcefalia, que ainda não tem sua ligação comprovada com a transmissão do mosquito aedes aegypti.

A sustentabilidade de empresas e o aquecimento global - Aquecimento global é um "tema coringa" que pode cair a qualquer momento, então vale saber um pouco a respeito.

O que você pode falar? São assuntos comuns nessa área. Mas, no Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos é um tema que agora está sendo muito debatido nos municípios do país. Então é importante saber sobre o que é essa política, o dever dos governos municipais e como a população pode cobrar a coleta seletiva.

* Intolerância religiosa - Tema "espinhoso". Se abordado deve ir para o viés das "proibições em nome da família" de temas como liberação das drogas, aborto e eutanásia. "Cristofobia" e "crentofobia" são argumentos que vocês podem usar (preconceito contra as religiões).

O que você pode falar? O ataque à revista Charlie Habdo pode exemplificar o tema. Mas muito mais do que um caso isolado, a intolerância religiosa é grande tanto no Brasil como em outros países. Ao debater esse tema, precisamos lembrar da laicidade do Estado e do respeito aos diferentes tipos de crenças e rituais religiosos, podendo destacar, no caso do Brasil, o grande preconceito existente com religiões de origem africana.

* Justiça com as próprias mãos - Ocorre em virtude da fragilidade da segurança e justiça brasileiras. Isso é, contudo, suficiente para linchamentos e afins. 

O que você pode falar? Tema bastante polêmico e que pode ser discutido com mais imparcialidade esse ano. O combate à violência através da justiça com as próprias mãos é válido? Definições de justiça, casos de linchamentos, rebeldia com a ordem e segurança públicas são alguns pontos que abordam essa temática. É possível tirar citações do Bolsonaro e da Raquel Sheherazade.

* Prevenção de desastres ambientais - O enfoque deve ser em como evitarmos que novos desastres, como o de Mariana MG, aconteçam.

O que você pode falar? Leis ambientais mais rigorosas, pesadas multas, investigação constante do governo e políticas preventivas são algumas das sugestões que vocês podem apontar. O resultado catastrófico dos eventos de Mariana são um exemplo evidente.  

* Desigualdade étnica e de gênero - Enfoque absoluto do preconceito que perpassa através doas anos.

O que você pode falar? O Brasil é um dos países com maior desigualdade do mundo e entre muitos tipos de desigualdade, a étnica e a de gênero costumam ser as mais discutidas, assim como os preconceitos gerados por essa situação, respectivamente, racismo e machismo. Os direitos conquistados, as lutas e reivindicações e as políticas públicas são alguns pontos que merecem ser estudados para entender a causa e argumentar com clareza.

* Liberdade de expressão e mídia - Perseguição à mídia e, em contraponto, sua evidente influencia na população

O que você pode falar? Tema bastante atual, a liberdade de imprensa tem sido muito discutida. Pode-se refletir sobre os limites entre liberdade de expressão e respeito às diferenças ou respeito à verdade. A pouca regulamentação sobre as redes sociais pode ser citado.

* Limites entre Humor e Bullying - Senso do politicamente incorreto. Até onde ele é pioneiro e desbravador ou simplesmente um meio, nada disfarçado, de perseguição às minorias? O senso de humor do país. Estamos numa "geração mi-mi-mi (que reclama de tudo)

O que você pode falar? Os limites do humor é algo que tem chamado bastante atenção atualmente por causa de diversos processos a comediantes do Brasil como Rafinha Bastos, Danilo Gentili etc, e o constante uso de discriminação das minorias para fazer piada. A responsabilidade social do comediante foi discutida no excelente documentário de Pedro Arantes, “O riso dos outros”, encontrado no Youtube.

* Gestão de Resíduos Urbanos - Em 2010, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A gestão de resíduos ainda é um tema bastante em alta devido à enorme quantidade de lixo produzido anualmente no Brasil.

O que você pode falar? Coleta seletiva e logística reversa são alguns dos termos importantes de serem entendidos. Para conhecer mais sobre a lei e sua importância na sociedade, pode ser consultada a explicação no site do Ministério do Meio Ambiente.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

CRÔNICA 'JUVENTUDE'



Juventude

Por Irys Brito Moratti

Talvez deva ser verdade o que os meus avós me dizem: “essa geração não aproveita a juventude’’. Eles me contavam histórias de suas brincadeiras e travessuras de quando eram crianças. Admito que nem sequer saberia dessas brincadeiras se eles não tivessem me contado.

Eram ‘cinco-Marias’; ‘ciranda’; ‘pula-carniça’; ‘passa anel’; ‘adoleta’; ‘alerta’; ‘boca de forno’; dentre outras, seja em casa ou na rua. Enquanto isso suas mães gritavam seus nomes, berrando, para voltarem para suas casas, pois estava anoitecendo ou prestes a chover...

Também diziam que, mesmo com seus 16 ou 18 anos, ainda brincavam de ‘casinha’ ou jogavam uma ‘pelada’ na rua. Hoje é impossível isto acontecer! Nossos brinquedos são a tecnologia, celular, computador, TV e às vezes (quase nunca) um livro, normalmente quando já está prestes a dormir...

Quando eles me contavam – pra ser sincera – sentia inveja. Pareciam muito mais felizes, com tanta adrenalina... Já eu e minha amigas ficamos trancadas no quarto, conversando via SMS ou aplicativos de mensagens, sobre coisas irrelevantes, só para passar o tempo.

Acho que não dá para reverter isso. Se eu for agora mesmo convidar algum amigo ou vizinho para ir brincar na rua de ‘esconde-esconde’ ou outro ‘pique’, eles não vão aceitar. Uns irão dizer que estão com sono ou preguiça, outros irão dizer que está se arrumando para sair com a (o) namorada (o) ou amigo, e outros dirão que a mãe não irá deixar por ser perigoso ou irão se sujar...

Apesar de não ter vivido aquele tempo, sinto muita saudade dele...  



Quem é Irys Moratti? Estudante. Aluna do ensino fundamental da Escola Mundo Moderno.

‘Herbert Vianna dizia que atrás de seus óculos batia um coração. No de Irys também, ainda mais num peito juvenil cheio de vida. Além de um coração, atrás dos óculos de Irys tem também uma mente muito criativa e muita massa cinzenta pulsante. Só alguém acima da média para transformar uma reles atividade escolar em um texto que, de tão interessante, comoveu este blogueiro que vos escreve.  Muito bem! Muito bom! Estamos no caminho certo...’


Sandro Bahiense, blogueiro, professor e fã dessa garotinha cheia de talento.

quinta-feira, 2 de junho de 2016

A INCRÍVEL AVENTURA DO HOMEM TALVEZ

Quando uma grande bola de fogo aproximou-se de seu planeta, seus pais não pensaram duas vezes: o puseram numa capsula e o enviaram ao planeta mais rceptivo que encontraram no universo, a Terra.

Chegando neste planeta o bebê fora adotado por um belo casal. Assim como com outros heróis vindo de outros planetas Sandro também detinha um super poder: o da indefinição! Assim como 'shazam', 'para o alto, e avante!', ou 'pelos poderes de Greyskull', nosso herói também tinha o seu grito de guerra. Para qualquer situação, seja a mais banal ou a  mais grave, Sandro levantava seus olhos, enchia o pulmão de ar, abria sua boca e bradava: Talvez!

Nosso mini herói, porém, sobreviveu e adaptou-se bem a seu novo lar, apesar de não conseguir aprender a pronunciar as palavras 'sim' e 'não'. Isso lhe trouxe problemas desde sempre.

Quando criança, o estilo do bebê Sandrinho confundia:

Quer mamadeira neném?


Apesar destes percalços, contudo, conseguiu crescer, estudar e fazer amigos. Arranjou uma bela namorada. Noivaram. No dia do casamento, porém quase pôs tudo a perder:

A aceita na saúde e na doença, na tristeza e alegria, até que a morte os separe?


Apesar deste ''leve'' contratempo se casou. Mas seu casamento não decolava, pois o jovem não conseguia arrumar emprego:

São dois mil reais, mais vale transporte, ticket e plano de saúde. Aceita o emprego?


Certo dia seu super poder quase lhe tirou a vida. Passava por um lugar ermo, à noite, quando fora abordado por um meliante:

Perdeu! Passa o celular!

Por sorte escapou de mais esta enrascada. Quando já estava desiludido da vida, surgiu uma possibilidade de trabalho onde o seu super poder podia ser finalmente empregado para o bem:

Professor, posso ir ao banheiro?
Professor, já corrigiu as provas?
Professor, será que eu vou ficar reprovado?


Hoje o mundo é um lugar melhor graças à toda indefinição do Professor Sandro. Onde todo dia é dia de não responder nada a ninguém! 

FIM?

Huummm... Talvez...

* Baseado no argumento de Arthur Mota de Oliveira.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O ÊXTASE DE UM LEGIONÁRIO

Eu tinha 14 anos quando a Legião Urbana veio ao estado pela última vez. Já fã, pedi a meu pai que me levasse ao show. Papai, fã de rock internacional, odiava, paradoxalmente, o rock nacional (complexo de Donald Trump?). Resultado? Não fui ao show. Uma mágoa que guardei comigo por mais de duas décadas. Mas o pra sempre, sempre acaba não é? Acabou. Num sábado frio quentoso de maio, num dia 14 qualquer e único. Terminou: Eu vi a Legião Urbana!



O êxtase de um legionário

Capital Inicial, Kid Abelha, Paralamas, Titãs, Jota... O número de show das melhores bandas do rock nacional a qual já tinha assistido era grande (e só aumentava). Este ano, contudo, eu, pep guadiolamente, tiraria um ano sabático. Admito, não por opção, mas por necessidade. Minha filhota Laura estreou no dia primeiro de janeiro deste ano (acho massa nascer nessa data) e, logo, com apenas quatro meses e uns quebrados de vida, fica impossível levá-la a qualquer lugar movimentado ou deixá-la com alguém. Até que...

Tem três coisas que odeio nesta vida: acordar cedo, camarão e Giuliano Manfredini! Este último, por uma providência divina, foi impeachmado dos direitos de decidir qualquer coisa em nome da Legião Urbana. Resultado? Fiquei com a pulga (e o cachorro) atrás da orelha: será que a Legião vem ao estado bem no meu período hibernoso? Sim, veio. E agora?

Ricardo e sua barba em homenagem ao craque Walace ex-Framengo

Que me perdoem os ateus, mas Deus operou na minha vida mais do que o doutor Rafael Favatto faz operações de ligaduras nas mulheres no período pré eleitoral. E uma dessas providências foi Ele por Elaine na minha vida. Um anjo de pele morena, boca e coxas gostosas e um grande coração! Pois Elaine num ato mais generoso do que comprar dois kites dos caras da Manassés de uma vez, me deixou ir ao show sozinho. Sozinho não, aliás. Em companhia do meu parceiro de toda hora Ricardo Salvalaio. Eu e Ricardo somos praticamente o Bebeto e o Romário do mundo das músicas e literaturas (eu sendo o Bebeto, fazendo o tipo mais de fiel escudeiro, claro).

Estava tão ansioso que nem quis o valiosíssimo troco de 5 centavos do pedágio da terceira ponte. Passei direto, tudo para chegar logo ao Álvares. O ginásio, aliás, adentrou nesse chato padrão Fifa de excelência.  Cadeiras nos lugares das indefectíveis arquibancadas de cimento. Tudo mais bonito, mas evidentemente mais frio.

Arquibancada padrão Fifa. Bonito, mas...

Chegando lá acompanhamos o fim da apresentação de uma banda capixaba que não sei o nome, que tocava o melhor do congo-pop do estado. Olhei Ricardo de canto de olho, afinal o meu copiloto de shows odeia a música de nossa terra (Renato Casanova NÃO curtiu isso). Não falei nada pra não estragar a noite e também porque faço a linha ''bom vencedor''.

O ginásio recebeu, dentre os shows que já fui lá, seu segundo maior público, só perdendo para a apresentação de Caetano Veloso. Ansiosos, os espectadores vaiaram homericamente os apresentadores do gazetal 'Em movimento'. Para eles foi bem constrangedor. Para mim foi muito engraçado - a gente se diverte com a dor alheia (momento Nazaré Tedesco).

Público chegando ao show. Aglomeração maior do que a fila do 519 as 7 da manhã

O público foi ao delírio quando a banda subiu ao palco. Achei que as arquibancadas iriam cair igual no jogo do São Paulo no momento em que os acordes de 'Será' se fizeram presentes. Nada aconteceu, ufa! O grupo tocou na íntegra o disco 'Legião Urbana' e vi algum desanimo em músicas menos conhecidas como 'Petróleo do futuro', 'O reggae' e ''A dança', menos deste que vos escreve. Ao pular e cantar efusivamente ao som de 'Baader Meinholf Blues', me senti como aquele gari que samba na Sapucaí, com todos parados olhando pra mim.

A última música do disco de trinta anos atrás era 'Por enquanto'. André Frateschi, sentindo a vibe, deixou a galera cantar sozinha a linda música. Ainda bem que estava escuro e ninguém percebeu os olhos marejados deste saudoso fã.

Depois da íntegra do disco, o show seria dos grandes sucessos. Estranhei positivamente a presença de algumas músicas lado b como '1965', 'Dezesseis' e 'Daniel na cova dos leões'. A presença destas músicas, somadas a outras nem tão conhecidas como 'Angra dos Reis' e 'Quase sem querer' mostrou bem a pluralidade do público, dividido entre fãs incontestes como eu, junto a fãs das ''músicas conhecidas''.  Este segundo grupo, aliás, aproveitava essas músicas para tirar fotos, selfies, selfies-fotos e selfies-services. Ver tantos celulares potentes, ostentosos, desnecessários e caros, me lembra que um dia eu tenho de trocar o meu tijolão por um, vá lá, tijolinho.

Frateschi mais feliz do que pinto no lixo. 

Dentre o grupo dos fãs incontestes, fui um dos poucos que achou legal o Wagner Moura nos vocais da esquisita apresentação que a banda fez para o especial da MTV. Exatamente pelo Capitão Nascimento ser fanático pela banda e ter se divertido muito no palco. Pois o André Frateschi se divertiu tanto quanto, com a diferença de ser milhões de vezes mais bem afinado. Sabendo de seu lugar, André deixava a Bonfá e principalmente, a Dado, a parte da interação com o público. Villa-Lobos, contudo, parece ter herdado a mesma eloquência de Jorge Vercilo ao falar. Confuso, viajante e pouco elucidativo. Demorei umas cinco ou seis falas do cara para deduzir que ele se mostrava contrário ao impedimento da Dilma Rousseff. Isso desencadeou os enjoados 'não vai ter golpe', confrontado com o também enjoado 'fora PT'. Por fim um 'Teatro dos vampiros' depois uniu a torcida novamente.

Torcida... Parecia a torcida do Framengo após um gol do Zico quando Frateschi anunciou que teríamos nove minutos de uma certa oração também chamada de 'Faroeste Caboclo'. Não vi reação no público igual em todos os shows que fui! A apresentação, duas horas e meia depois, terminou com 'Que país é este?' pergunta RETÓRICA que o público insiste em responder com a indelicada "é a porra do Brasil''. Cada vez que os espectadores gritam essas baixarias eu sempre imagino as cinzas do Renato voando de um lado para o outro, revoltado. Mas... No problem.     

Gol? Ah não, é só o anúncio de 'Faroeste caboclo'

Em suma, foi um showzão! Frateschi se divertiu. Bonfá e Dado se divertiram. Os novinhos se divertiram. Os velhinhos se divertiram... Foi uma festa! A Legião Urbana somos nós. E nós fizemos um showzaço!

domingo, 10 de janeiro de 2016

BOAS VINDAS: NASCE UM PAI. TEXTO ESCRITO

Elaine assistia, dia sim, outro também, o programa 'Boas Vindas' do canal a cabo GNT. A atração conta a estória de vários partos, normal ou cesariana, sob a perspectiva dos pais. Após a descoberta da gravidez, tal hábito se tornou ainda mais rotineiro. Decidi que, após o nascimento da nova integrante da família Góes-Bahiense, eu também faria o meu relato, escrito, claro, pois não fico tão bem na TV... Com vocês, boas vindas: nasce um pai.



Dia 30/12, 05:00 da manhã

O meu relato será uma espécie de diário de bordo/relato conselho. O intuito é informar e entreter não nessa ordem. Digo isso porque Elaine e eu discutíamos quase todo dia sobre os meandros da gravidez e do parto. Logo, eu estava craque no assunto. Sugiro a todos os papais que por ventura venham a ler esse relato façam o mesmo. Foi de grande valia.

Imagino a ansiedade de Elaine em esperar até as 09 da manhã para me contar que havia se "rompido o tampão", termo utilizado para explicar que o colo do útero começou a abrir e que o trabalho de parto começara.

Daí até o nascimento em si é um longo caminho. Longo mesmo. O que explica a minha decisão de... continuar dormindo. Pensei em poupar energia para o restante do dia onde, se esperava, as fases importantes começariam. Por fim eu estava certo apesar de parecer meio frio e desinteressado em um primeiro momento.

As contrações começaram levemente a tarde, período em que a doula de Elaine (doula é a profissional que acompanha a gravidez e o parto, com o intuito de amparar e aconselhar a gestante) chegou. Helena começou a contar o tempo das contrações e, vendo que elas estavam espaçadas demais, começou a induzi-las com chás e exercícios (em especial a mulher ficar sentada, quicando, em cima de uma grande bola).

As contrações aumentaram na madrugada, quando fomos ao hospital. Lá, contudo, o plantonista afirmou que o colo do útero pouco se abrira e que devíamos voltar depois. Fomos para casa. Elaine quicava enquanto eu cantava 'With or without you' do U2 (passava um especial da banda na Globo). Por fim, em dado momento, eu e a doula pegamos no sono, enquanto a futura mamãe permanecia no exercício.

Amanheceu e as contrações continuavam espaçadas. Daí ligamos para o médico que acompanhou toda a gravidez de Elaine. Ele sugeriu que fôssemos a tarde para uma nova avaliação. Assim foi.



Dia 31/12. 15:00 horas

O que é uma doula? Pergunta dos atendentes da madrugada e da tarde do hospital onde fomos. Fico impressionado com a falta de conhecimento/profissionalismo de tais. Helena foi impedida de entrar comigo e com Elaine para a avaliação. Eu e a futura mamãe fomos sozinhos.

Entramos e a médica mal nos olhou. Sentamos. A doutora, mesmo percebendo as contrações de Elaine, ficou mexendo no celular. Depois, acreditem, ligou para o irmão sugerindo que ele pedisse um desconto em um presente... E Elaine com contrações. Para quem nunca as teve é algo como cólicas fortes, extremamente incômodas. Menos para a doutora, pareceu-me. 

Quem me conhece sabe que não sou de muita paciência. Xinguei-a internamente e minha vontade era de ir embora naquela hora. Mas, era dia 31/12, a poucas horas do reveillón... Com certeza não estava chovendo médicos. Daí me contive.

Neste ínterim, o nosso médico estava ligando para ela. Quando viu suas chamadas ela retornou, afirmando que não havia nenhuma "Eliane" consultando. Quando desligou, contudo, após contarmos que a Eliane era a Elaine que estava sentada a mais de vinte minutos à sua frente, a médica simplesmente mudou o tom. Antes de mais nada vale informar: O nosso médico é chefe da obstetrícia do hospital, logo, "chefe" dela. 

Na mesma hora seu temperamento e a atenção para com a gente. Fez os exames. Elaine ainda estava com pouca dilatação. Mas a médica, depois, nos pôs a desesperar afirmando que o tempo de gestação de Elaine estava longo (41 semanas) e que ela estava "velha" para ter neném, logo era melhor adiantar o processo. 

Por sorte, e esclarecimento, estávamos bem informados acerca destas místicas médicas quanto a parto e não caímos na conversa fiada da doutora, mas admito, nos preocupamos. Com isso decidimos, então, que pagaríamos a disponibilidade de nosso médico, para que o parto fosse feito do jeito que queríamos. Foi um dinheiro grosso, admito, mas muito bem gasto, afinal eram duas vidas em jogo.

Por telefone nosso médico disse que o parto demoraria pelo menos mais 18 horas. Para isso sugeriu que Helena fosse para casa, curtir o reveillón em sua igreja, e que eu Elaine fizéssemos o mesmo. Passamos o meia noite vendo o insosso 'Show da Virada' da Globo ao som de "99% perfeito, mas 1% vagabundo", "é só você fazer assim... que eu volto..." e afins.



Dia 01/01/2016 as 03:00 da madrugada

A previsão do médico furou. Na madrugada as contrações vieram mais fortes e ritmadas. Aguentamos até a manhã. E as 10:30 horas Helena, eu e, claro, Elaine, voltamos ao hospital. Lá, martelo batido, o evento começara.

Havíamos decidido que todo o evento do parto seria natural, sem anestesias e indutores e que Laura nasceria, se possível, de parto normal. Contudo, como Elaine estava com pouca dilatação, um indutor foi aplicado, aumentando as contrações e, especialmente, as dores.

♪♪♪ Pra você guardei o amor... Que nunca soube dar... O amor que tive e vi sem me deixar... Sentir sem conseguir provar... Sem entregar... E repartir... ♪♪♪

Essa é a música tema do Boas Vindas. O programa, editado, traz os "melhores momentos" do parto, com o nenemzinho nascendo, depois de um trabalho de parto de uns 5 minutos no máximo dado o tempo de duração do programa, ao som de Nando Reis. Tudo é muito bonito e quase tranquilo. Na TV...

Porque na vida real... Diria que a trilha adequada seria heavy metal, um Sepultura ou Motorhead dos mais barulhentos. Elaine se transformou. Gritou com eu nunca havia ouvido, me apertou, mordeu... Mas resistiu bravamente por cinco horas.

Neste período sentou na famigerada bola, usou a barra, recusou o chocolate importado do médico por um Bis... Usou a piscina... Suplicou dezenas de vezes para que aprovasse a analgesia...

Eu me mantive firme, apesar da pena enorme que estava dela. Não fosse seu pedido anterior de ir até seu limite, eu já tinha pedido a anestesia a muito tempo. O médico e a doula, para minha irritação, quietos ficavam, me deixando com a "rabuda" de conter Elaine seus gritos, apertos e dores.

Dia 01/01/2016 as 20:24 horas

As sete da noite, contudo, optamos que ela tinha chegado a seu limite. Elaine tomou a anestesia. Uma hora depois o trabalho de parto recomeçou. E em 24 minutos nascia Laura, de parto normal, sem trilha de Nando Reis, sem edição de vídeo, mas muito mais emocionante do que qualquer outra coisa no mundo.

Sem dúvida o grande momento da minha vida!

Como praxe é o pai que acompanha os primeiros momentos do bebê. Eu que fui com Laura para os primeiros exames, pesagem e limpeza. Eu que escolhi a primeira roupinha. Em virtude da anestesia, Elaine ficou mais alguns minutos no centro cirúrgico, enquanto Laura, por estar saudabilíssima, veio para o quarto. Preciso dizer que rezei todas as orações que sabia para o neném não chorar? Por sorte ela ficou super calminha, de olhos abertos, olhando para mim, esperando a mamãe, de boa...

Dia 02/01/2016 as 00:00

"As três primeiras noites, são as piores". Foi o que ouvimos de todos sobre o temido choro do neném. Fato! Como o leite materno, com todas as suas propriedades naturais, só se forma no terceiro dia, o bebê, mesmo mamando constantemente, não se sasseia. Junta-se a isso uma pegada errada no seio da mamãe que acaba ferindo e pronto: Choro, choro e mais choro. A noite inteira. Por fim é melhor entregar pra Deus e torcer para passar logo.



Dia 04/01/2016 as 02:00

Elaine é alérgica a vários medicamentos, inclusive um que foi erroneamente receitado pelo médico. Quando ela tomou começou a inchar instantaneamente. Corremos na farmácia de madrugada atrás de anti alérgicos. A mamãe acabou debilitada, sonolenta. Logo nos primeiros dias do bebê.

Na mesma noite Laura golfou. Foi limpa. Depois voltou a dormir. Na hora de seu banho, contudo, manteve-se estranhamente quieta. Logo, foi ficando mole e não respondia a nossos chamados. Pânico. Corremos para o hospital. O quadro? Um simples engasgo. Que poderia ser resolvido facilmente com tapinhas nas costas, mas que pais de primeira viagem não sabiam. 

Por fim este que vos escreve passou o resto da sorte vigiando Laura e Elaine dormirem, vendo se ambas estavam respirando. Longa noite...

Hoje

Uma semana se passou. O neném ainda chora a noite, mas bem menos. Tiramos milhares de fotos, recebemos centenas de visitas... Não tivemos mais sustos... 

Cada um é cada um. Mas, olha, ser pai foi, disparado, a coisa mais sensacional da minha vida! Indico. 

Meu Nando Reis não tocou na hora do parto, mas toca toda hora no meu coração, pois foi pra Laura que "guardei o amor que antes nunca soube dar"....