Contexto
histórico
Uma das formas mais interessantes
de se começar uma redação é atribuir o CONTEXTO HISTÓRICO DO TEMA logo no
início de seu texto.
Isso lhe valerá algumas vantagens
como:
· Eliminar o famoso bloqueio para se começar o
texto, tão comum quando se produz um escrito dissertativo argumentativo.
· Fugir das obviedades.
· Inserir uma citação indireta (conhecimento
histórico e/ou de mundo), o que lhe atribuirá pontuação positiva na Competência
IV.
Mas como inserir um contexto
histórico adequado e condizente com o tema?
Primeiramente é necessário um razoável
conhecimento de História. Pelo menos de temas e acontecimentos marcantes como o
Império Romano, a Revolução Industrial ou a Segunda Guerra Mundial, por
exemplo. Mas, a fim de facilitá-los temos alguns “contextos coringas” que podem
ajuda-los.
O
primeiro. Revolução industrial.
A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população européia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Pode ser empregado em temas como: Mobilidade urbana; Modelo de família do século XXI; A sustentabilidade de empresas e o aquecimento global; Prevenção de desastres ambientais; Gestão de Resíduos Urbanos...
O segundo. Influência da Igreja Católica
A Igreja Católica registra em
toda sua história um lastro de apoio assistencial aos mais pobres. Entretanto,
essa mesma Igreja, se utilizou de sua influência através, especialmente, de
documentos como as Encíclicas Papais Rerum
Novarum e Quadragesimo Anno ,
para servir como instrumento de dominação ideológica e obscurecer a questão
social – tema que passou a ser conhecido como é hoje – no final do século XVIII
com a emergência da Revolução Industrial e das lutas sociais em países como
Inglaterra, França, Bélgica e Alemanha.
Insatisfeita com a adesão dos
trabalhadores aos movimentos sociais, a Igreja Católica começa a expedir
documentos com o objetivo de “resolver” o problema, pois, segundo o Papa Leão
XIII: “... o problema não é fácil de resolver, nem isento de perigos... a
questão de que se trata é de tal natureza que a não se apelar para a religião e
para a igreja é impossível encontrar uma solução eficaz.” (Rerum Novarum, 1891,
p. 2).
Entretanto, o objetivo da igreja
com os documentos era coibir os trabalhadores, como vemos: “... seja, portanto,
primeiro princípio e base de tudo: não há outra alternativa senão a de
acomodar-se a condição humana...” (Rerum Novarum, 1981, p. 15-16). Apesar de
reconhecer o problema e “tentar” uma solução, a Igreja não tocava no cerne da
questão social, ao contrário, defendia a desigualdade e persuadia os
trabalhadores a aceitarem sua condição de pobreza como propósito divino: “O
primeiro princípio a pôr em evidência é que o homem deve aceitar com paciência
a sua condição: é impossível que na sociedade civil todos sejam elevados ao
mesmo nível.”
Pode ser empregado em temas como:
A
questão da igualdade de gênero no país; Intolerância religiosa; Desigualdade étnica e de gênero; Liberdade
de expressão e mídia; Justiça com as próprias mãos; A superlotação da população
carcerária e a ressocialização dos presos.
Terceiro. Sociedade patriarcal advinda
do Brasil-colônia
Modelo vindo da Europa na época colonial do Brasil, que estabeleceu a
estrutura familiar com a figura do pai como provedor financeiro e moral da
família, enquanto a mulher (mãe) cabia cuidar da casa e dos filhos. Pelas
intempéries da época e pelo caráter basicamente braçal das atividades, competia
aos homens compor a força de trabalho. Por conseguinte, cabia às mulheres
ficarem em casa velando pelo bem-estar da família.
Essa estrutura convencionou-se e pôs na figura masculina a pecha de
chefe. Em suma, cabia somente a eles as decisões na sociedade e em suas
próprias casas. As mulheres, as crianças e aos mais velhos cabia o papel de
subordinado, por vezes sem voz ativa nenhuma.
Tudo tornou-se ainda mais aplicável, pois a igreja aceitava e propagava
tal modelo, fundindo tal estrutura social com um convencionismo religioso. Logo, quando as famílias fugiam de tal
paradigma eram consideradas inadequadas e, por vezes, pecadoras. Essa fusão
entre estrutura social com religião que convencionou, por exemplo, que a homodiversidade, o consumo de drogas, o
aborto, dentre outros, fossem considerados como elementos errados e, portanto,
não aceitos. Ainda que com a modernidade a questão dos gêneros seja vista de
forma mais ampla, ainda é comum que alguns membros da sociedade se auto
intitulem como “conservadores”, voltando-se contra questões que ferem o
Cristianismo, seguindo uma cultura do século XVII e XVIII.
Pode ser empregado em temas como:
A
questão da igualdade de gênero no país; Intolerância religiosa; Desigualdade étnica e de gênero; Liberdade
de expressão e mídia; Justiça com as próprias mãos; A superlotação da população
carcerária e a ressocialização dos presos.
Quarto. A popularização da internet
A internet passou a ganhar popularidade no ano de 1995. O ministério das Comunicações e da Ciência e Tecnologia criaram, por portaria, a figura do provedor de acesso privado à Internet e liberou a operação comercial no Brasil, isso possibilitou o surgimento acelerado de provedores de acesso, portais de serviços e o barateamento dos computadores.
Os primeiros sites brasileiros surgidos eram de notícias posteriormente, surgiram os de entretenimento, pesquisa e posteriormente os sites de compras. Atualmente, a internet é um elemento básico, nos mais diferentes tipos de organizações tanto no Brasil quanto em qualquer parte do mundo.
Hoje no Brasil, estudos apontam que 32,1 milhões de brasileiros, cerca de 21,9% da população acima dos 10 anos de idade, utilizaram a rede mundial de computadores, a internet, no país. O Brasil ocupa a 62ª posição no mundo em relação ao uso da internet (Dados divulgados pelo IBGE).
Com o crescimento das redes sociais e a possibilidade do anonimato, proliferaram-se vários casos de intolerância, refletindo parte do pensamento da população brasileira, incubada por proibições legais ou comportamentais. Os convencionismos e o politicamente incorreto se confundem entre a liberdade de expressão e o bullying e o crime.
Os primeiros sites brasileiros surgidos eram de notícias posteriormente, surgiram os de entretenimento, pesquisa e posteriormente os sites de compras. Atualmente, a internet é um elemento básico, nos mais diferentes tipos de organizações tanto no Brasil quanto em qualquer parte do mundo.
Hoje no Brasil, estudos apontam que 32,1 milhões de brasileiros, cerca de 21,9% da população acima dos 10 anos de idade, utilizaram a rede mundial de computadores, a internet, no país. O Brasil ocupa a 62ª posição no mundo em relação ao uso da internet (Dados divulgados pelo IBGE).
Com o crescimento das redes sociais e a possibilidade do anonimato, proliferaram-se vários casos de intolerância, refletindo parte do pensamento da população brasileira, incubada por proibições legais ou comportamentais. Os convencionismos e o politicamente incorreto se confundem entre a liberdade de expressão e o bullying e o crime.
Pode ser empregado em temas como:
A
questão da igualdade de gênero no país; Intolerância religiosa; Desigualdade étnica e de gênero; Liberdade
de expressão e mídia; Justiça com as próprias mãos; Limites entre Humor e
Bullying.
Como aplicar em uma redação?
Por exemplo. Vamos supor que o tema seja “A questão da igualdade de
gênero no país”.
“Desde o Brasil-colônia que nossa sociedade vive uma estrutura
patriarcal, pautada pela cultura advinda da Europa que, aliada a influência da
religião cristã, estabeleceu certo conservadorismo que traz consigo, através da
História, o ideal de que cabe ao homem o papel de chefe da família, enquanto
compete a mulher a pecha de dona de casa e organizadora do lar
Contudo,
desde meados do século passado, a estrutura familiar do país tem mudado
drasticamente. Gradativamente avôs, avós e, principalmente, as mulheres tem
assumido a responsabilidade de provir a renda e a influência moral de seus
lares. Mas os direitos e a aceitação da sociedade, porém, permanece arraigada à
estrutura vinda dos séculos XVII e XVIII, causando conflitos e atrasando a
aplicação de leis e recomendações que visem, por exemplo, abrir o mercado de
trabalho à esta nova classes de chefes da família...”
Abaixo vídeo sobre como introduzir bons contextos históricos nas redações:
Abaixo vídeo sobre como introduzir bons contextos históricos nas redações:
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