quinta-feira, 2 de junho de 2016

A INCRÍVEL AVENTURA DO HOMEM TALVEZ

Quando uma grande bola de fogo aproximou-se de seu planeta, seus pais não pensaram duas vezes: o puseram numa capsula e o enviaram ao planeta mais rceptivo que encontraram no universo, a Terra.

Chegando neste planeta o bebê fora adotado por um belo casal. Assim como com outros heróis vindo de outros planetas Sandro também detinha um super poder: o da indefinição! Assim como 'shazam', 'para o alto, e avante!', ou 'pelos poderes de Greyskull', nosso herói também tinha o seu grito de guerra. Para qualquer situação, seja a mais banal ou a  mais grave, Sandro levantava seus olhos, enchia o pulmão de ar, abria sua boca e bradava: Talvez!

Nosso mini herói, porém, sobreviveu e adaptou-se bem a seu novo lar, apesar de não conseguir aprender a pronunciar as palavras 'sim' e 'não'. Isso lhe trouxe problemas desde sempre.

Quando criança, o estilo do bebê Sandrinho confundia:

Quer mamadeira neném?


Apesar destes percalços, contudo, conseguiu crescer, estudar e fazer amigos. Arranjou uma bela namorada. Noivaram. No dia do casamento, porém quase pôs tudo a perder:

A aceita na saúde e na doença, na tristeza e alegria, até que a morte os separe?


Apesar deste ''leve'' contratempo se casou. Mas seu casamento não decolava, pois o jovem não conseguia arrumar emprego:

São dois mil reais, mais vale transporte, ticket e plano de saúde. Aceita o emprego?


Certo dia seu super poder quase lhe tirou a vida. Passava por um lugar ermo, à noite, quando fora abordado por um meliante:

Perdeu! Passa o celular!

Por sorte escapou de mais esta enrascada. Quando já estava desiludido da vida, surgiu uma possibilidade de trabalho onde o seu super poder podia ser finalmente empregado para o bem:

Professor, posso ir ao banheiro?
Professor, já corrigiu as provas?
Professor, será que eu vou ficar reprovado?


Hoje o mundo é um lugar melhor graças à toda indefinição do Professor Sandro. Onde todo dia é dia de não responder nada a ninguém! 

FIM?

Huummm... Talvez...

* Baseado no argumento de Arthur Mota de Oliveira.

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