sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

CONTOS 'AUTO-AJUDIANOS'



COMO TER CASA, COMIDA E ROUPA LAVADA SEM TRABALHAR

Jorge estava na pior. Havia perdido o emprego e sua mulher, Irene, incomodada com a pindaíba em que estavam, o abandonou levando seus três filhos. Como não pagava o aluguel, Jorge acabou despejado. E como era um nordestino em São Paulo, não havia a quem recorrer.

Mas Jorge decidiu usar os métodos ‘auto ajudianos’ do Professor Enrolando Osotários e deu uma guinada em sua vida. Já fazem dois meses que ele tem casa, comida e roupa lavada sem precisar trabalhar.

Jorge está preso na Penitenciária de Carapicuíba onde, ao lado de outros nove leitores do Professor Enrolando , desfruta do bom e do melhor que uma cela carcerária pode oferecer.

Como tudo o que é bom pode ainda melhorar com os métodos ‘auto ajudianos’ do Professor Enrolando, os filhos de Jorge, graças ao assistencialismo barato de nosso governo, ainda ganham uma bolsa ajuda de mais de mil reais. Satisfeita, Irene até reatou o casamento. Que final feliz!

Venha ser como Jorge, Irene e seus filhos você também!

Ainda não está satisfeito? Então veja essa outra estória:


SAIBA COMO TER TODOS OS HOMENS A SEUS PÉS MESMO SENDO FEIA

Rosana sempre foi, digamos, desprovida de beleza. Não havia em sua rua, faculdade ou trabalho um homenzinho que fosse que a cobiçasse. Por vezes passava em frente a construção na vã esperança de algum peão lhe cantar alguma gracinha, mas nada! Jurou ter ouvido alguma coisa um dia desses, mas depois percebeu que era um “desconjuro” dito baixinho por um peão de 1,50m, desdentado e careca. Vendo aquela situação ela jurou que ainda teria os homens que ela quisesse aos seus pés.

Rosana estava no fundo do poço quando descobriu o método ‘auto ajudiano’ do Professor Enrolando Osotários e mudou sua vida!

Ela parou numa loja, escolheu a melhor peça e foi a caça. Aos avistar os mais belos homens, ela disparava, e eles caíam a seus pés. Olhava para outro, e pimba! Ele caía aos seus pés. Se não perdeu a conta uns vinte caras, dos mais bonitões, caíram a seus pés.

Ficou rodeada dos mais variados gatões, todos a seus pés. Com o método ‘auto ajudiano’ do Professor Enrolando não tem erro: Seus desejos se realizam!

Como bônus, o policial que retirou a metralhadora de suas mãos e a prendeu também era um gatão. “Estou com sorte hoje” ela pensou.

Satisfeito agora? Irá se juntar à legião que está se satisfazendo com os métodos ‘auto ajudianos’ do Professor Enrolando Osotários? Ainda não? Então veja esse outro comovente caso.


FIQUE RICO EM 25 MINUTOS!

Oswaldo vivia na perambeira. Duro de tudo. Sem grana até pra comprar um pãozinho. Seu sonho era poder usar o ditado ‘vendendo o almoço para comprar a janta’ de verdade, afinal ele, ultimamente, não estava tendo nem almoço, nem janta, e nem cafezinho da tarde. Nada!

Até que ele, num banco de praça, leu, de rabo de olho, um dos livros do Professor Enrolando Osotários que um rapaz lia e sua vida mudou! Lá tinham todas as informações de como ficar rico em incríveis 25 minutos!

Todo o processo era simples: Bastava-lhe um real. Logo era só ele ir à Bolsa de Valores. Lá ele iria aplicar seu dinheiro em títulos de uma famosa empresa de tecnologia. Quando chegasse ao auge, ele venderia, com um super ágil de 2500% e esperaria, pois as ações destas empresas caiam à medida que seus produtos (celulares e note books) tornavam-se obsoletos, cerca de uns 5 minutos mais ou menos. Era só repetir o processo umas cinco vezes e, em vinte e cinco minutos, estaria com 25 milhões. Moleza.

O problema foi que ele fez amizade com um cara que parecia gringo, um tal de Auki, Eike, ou algo assim e perdeu quase tudo. Mas aí não é mais problema do método ‘auto ajudiano’ do Professor Enrolando, ok?

Se isto ainda não lhe convenceu essa estória com certeza o convencerá.


QUEM MEXEU NO MEU QUEIXO

Vários gatos conviviam no mesmo beco. Como a comida (os restos) eram poucos, eles tinham de se estapear pelas migalhas que vinham. O grande inimigo dos gatos era Ralph, um buldogue enorme que devia pesar uns 40 quilos. Felizmente para os gatos ele ficava preso, a alguns metros de distância.

Até que em um dia uma senhora jogou um peixe quase inteirinho fora. Ele estava suculento, contudo o problema foi que ele caiu exatamente na área em que Ralph ficava. Todos os gatos se lamentaram pela má sorte, mas eu não tirei da cabeça: Aquele peixe seria meu!

Até que elaborei um minucioso plano. Quando o cachorrão dormisse, eu usaria minha astúcia de gato e, bem lenta e silenciosamente, pegaria o peixe. Tudo transcorria bem até os outros gatos, por inveja de minha coragem, fazerem uma gritaria acordando Ralph. Ao me ver ele me prensou contra o muro. Achei que era o meu fim. Mas ao perceber minha coragem, ele me deixou vivo e disse que eu poderia levar o peixe com uma condição: Que eu pegasse um grande e grosso osso que estava perto da região onde nós gatos ficávamos e que ele não podia alcançar. Fiz isso e ganhei o peixe num banquetão!

Moral da estória: Quem não arrisca não petisca? Não!!! As aparências enganam? Não!!! A verdadeira moral da estória é: Ainda bem que cachorro não gosta de peixe senão eu estaria fodido!

Veja essa e outras elucidativas estórias nos livros do Professor Enrolando Osotários e seu infalível método ‘Auto-Ajudiano’  que transforma bichos que não sabem falar e nem pensar em personagens de estórias piegas pra você! Busque algum sentido nessas estórias bobinhas de bichinhos e crianças você também!

Ainda não se convenceu? Putz, última chance.


O BUDISTA E O EMPRESÁRIO

O empresário só pensava em ganhar dinheiro não se importando nem um pouco com sua família e amigos. Até que um dia, desesperado por um mal negócio que havia feito, ele decide procurar um famoso budista.

Lá o oriental religioso lhe aconselha a cuidar melhor de sua família e amigos e que isso, sem que ele perceba, se reverterá em benfeitorias em sua vida empresarial. O homem vai pra casa pensando em tal conselho. Decide segui-lo.

Larga um pouco da empresa, deixando-a nas mãos de um jovem, solitário e ambicioso sócio, e sai em férias com a família e alguns amigos chegados. Quando volta recebe a notícia de que sua empresa cresceu 200% e logo pensa no conselho do budista.

O que ele não contava era que o seu sócio, dedicado 100% a empresa, aproveitou sua ausência e, numa manobra administrativa, toma toda a sua parte do negócio, deixando-o na miséria.  De uma fresta do muro do prédio ele consegue ver seu sócio saindo com uma Ferrari conversível novinha, acompanhado de uma bela loira siliconada rumo ao que parecia, ao julgar pelas bagagens, alguma praia bem paradisíaca e chique.

Triste ele decide, ainda assim, comprar um presente ao budista. Ao chegar ao local onde o oriental estava, ele saca o “presente” e atira bem na cabeça dele. Antes de sair ele ainda diz: “Vá dá esses conselhos de merda pra puta que te pariu”.

Onde mais você conseguiria ter acesso a estória tão comoventes?

Adquira você também meus livros de auto ajuda, onde eu fico rico vendendo livros pra você que, por sua vez, continuará pobre, pois estes livros não te ensinam nada, só a ser mais otário! Seu babaca! Ops, digo, amigo leitor.

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