POEMA PARA A MINHA NAMORADA
Na calada de cada noite
Em cada sopro de vida que existe
Me aquecendo no meio deste mistério
Doce e inebriante
Como a chuva que há por vir
Ou como o leito descoberto
Sem os corpos d’antes ali
Você desfila, sincera
Exasperada e calma
Furacãonizada em cada gesto
Arrebatadora e ofegante
Morta de amor
Revira minha vida do avesso
Me percebe o melhor de mim
Embriaga-me de mim mesmo
Fecho os olhos do mundo, mudo.
Só te beijo
Só te aperto
Só te tomo
Só me deixa (não me deixe)
Quieto faço barulhos silenciosos
Tropeçando na bailarina
Fazendo vida onde antes era só rabisco
Gerou-se algo
Amor, talvez desmedido
Desmedida, talvez você
Nasceu: A namorada.
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