O ESTRANHO
“Da Luz” apareceu misteriosamente na casa da família Amorim e disse que precisaria ficar uns tempos instalado por lá. A família Amorim era composta por Marcelo 37 anos, Susana 35, e seus filhos Marcelo Júnior 16 anos, Patricy 12 anos e o caçula Lucca de 2, e de vez em quando pela mãe de Susana, Dalita de 59 anos que passava algumas semanas por lá. Por algum motivo sobrenatural ninguém contestou sua presença e nem de onde vinha. Para Marcelo apresentava-se como “primo de Susana” e para Susana e os meninos como “amigo do trabalho do papai”. Instalou-se no quarto onde Dalita dormia quando lá estava. Achegou-se para o jantar e tratava todos com intimidade. Fazia perguntas íntimas, típicas de alguém que realmente os reconhecia a fundo e de longa data.
DALITA
Passaram-se alguns dias desde a chegada de Da Luz e todos já eram íntimos dele. Como não trabalhava ajudava Susana a cuidar de Lucca, levava Patricy a escola e jogava vídeo-game com Júnior e, a noite, ia ao bar “conversar fiado” com Marcelo. Era mais que íntimo da família em pouco tempo. Na segunda semana em que Da Luz estava na casa dos Amorim, Dalita veio para passar uma semana na casa da filha. Logo de cara estranhou a presença do homem a quem ela não conhecia seja pelos amigos de Marcelo ou parentes de sua família. Da Luz, como habitualmente fazia, se mostrou simpático e solicito, mas parecia não convencer Dalita. A matriarca da família sentia no inesperado hóspede algo de estranho e começou a contestar sua presença ali. Ao perceber que ganhará uma “inimiga” Da Luz começou a tramar contra Dalita. Numa das conversas de bar que tinha com Marcelo perguntou porque ele tinha que “sustentar aquela velha pra frente, intrometida e desnecessária dentro de casa”. O rapaz incomodou-se com aquilo e tratou de retrucar Da Luz que insistiu “ela ajuda a cuidar do Lucca? Não né? Acho que mais atrapalha do que ajuda. Ela tem a casa dela. Vem aqui só pra fuxicar a vida de vocês. A Susana sempre não vem com alguma cobrança pra cima de você quando a mamãezinha dela está aqui?”, dessa vez Marcelo fica quieto. Eles vão embora. Em casa Da Luz encontra Susana na cozinha. Ele olha para os fios que se emaranhavam no muro “caramba quantos fios embolados né? Vou aproveitar que estou de bobeira e os juntarei amanhã. Bem que sua mãe havia me falado...”. Susana concorda e diz que tinha pedido a Marcelo para fazer tal serviço e que ele sempre a enrolava. Da Luz fecha a conversa com chave de ouro “fala com ele, que se até sua mãe está reparando vai pegar mal né?”. No quarto, Susana foi cobrar Marcelo acerca do conserto que não foi feito citando que estava constrangida por causa da mãe dela. Foi a senha. O casal discutiu asperamente. No outro dia, percebendo o clima, Da Luz chamou Susana num canto e disse “olha não quero ser intrometido, mas percebi que Marcelo e sua mãe não estão se dando muito bem. Você não acha que é melhor pedir pra sua mãe ir embora? Ficar brigada com ele só por causa de um monte de fios embolados é bobeira, mas enquanto sua mãe ficar reparando em todos os defeitos... Daí você acaba sempre falando... Pensa aí”. Susana opta por pedir a Dalita para ir embora mais cedo. A mãe percebe o jogo feito por Da Luz. Ela tenta, em vão, argumentar, mas é vencida pelo ímpeto da filha. Magoada vai embora e promete não voltar enquanto “aquele homem maligno estiver por lá”.
DA LUZ – FECHANDO COM CHAVE DE OURO
Após a saída de Dalita, Da Luz prepara seu contra golpe. Ele convence Marcelo a se desculpar com Susana. Ao lado do rapaz ele trama uma noite romântica com direito a flores, jantar fora e motel. Da Luz cuida das crianças nesta noite. Após reconciliados, o casal fica grato a Da Luz que ganha ainda mais pontos com eles.
ESTRANHOS NO NINHO
Coisas estranhas começam a acontecer com a família Amorim. Marcelo vê sua libido aumentada, Susana é tomada por uma preguiça que não a larga, Júnior fica violento e relapso, Patricy respondona e indisciplinada e Lucca intempestivo e chorão. Com isso Marcelo começa a flertar com outras mulheres, Júnior é suspenso na escola (e Susana não vai a escola para assinar a suspensão do filho), a casa fica de pernas pro ar, Patricy briga com Lucca, o empurra, e o menino acaba cortando a cabeça. Por causa da ferida chora muito irritando a todos na casa.
“NÃO HÁ MAL NENHUM NISSO...”
Certo dia Márcio, irmão de Marcelo, e sua esposa Cintya vão visitar o casal. Eles vão acompanhados por suas filhas Camily de 14 anos e Leticia de 12. Da Luz percebe como a presença das meninas mexe com Marcelo que não as para de olhar. Na hora de irem embora, por sugestão de Da Luz, é pedido para que as meninas fiquem lá durante a semana (era período das férias escolares). Elas ficam. No outro dia, no bar, Da Luz comenta “bonitas as meninas né? Branquinhas, olhos claros...” Marcelo permanece em silêncio. O homem continua “que peitinhos da Camily hein” neste momento Marcelo se levanta furioso, ameaça dar um soco em Da Luz. O homem responde “bate, bate Celão. Desculpa cara. Elas são lindas, não pude evitar olhá-las. Quem não olharia? Admirar não ranca pedaço, ranca?” Marcelo o solta, então ele prossegue “não sei porque dessa sangria da nossa humanidade com isso, porque que não podemos cobiçar mulheres antes dos 18 anos? Com 17 anos e 11 meses não pode, com 18 pode. Ora porra. Desculpa Marcelão, com todo respeito, mas quem me diz que essas meninas já não deram a perereca a muito tempo? Aí fica a gente se martirizando, se sentindo culpado... Se eles derem mole porque não?” Marcelo não responde. Toma outro gole de cerveja e sugere para irem embora. No caminho não consegue tirar da cabeça a frase de Da Luz “porque não?”. No outro dia Leticia aparece com um short apertado despertando ainda mais o desejo de Marcelo. O tio pede para abraçá-la e o faz bem forte sentindo-a. A menina percebe que algo está diferente, mas, por algum motivo estranho, se deixa levar. Marcelo se esfrega lentamente na menina até quando é interrompido por Patricy. Na mesma noite está fazendo um calor muito intenso e Marcelo saí do quarto. Ele ouve barulho de chuveiro. Empurra a porta do quarto das crianças e vê que Patricy, Leticia, Lucca e Júnior estão dormindo, logo percebendo que era Camily no banho. Ele começa a bater na porta bem devagar e o mais silencioso que pudesse. A menina, enrolada na toalha, abre uma fresta da porta, ela vê que é Marcelo. Ele diz que precisa entrar urgentemente e empurra a porta. Dentro do banheiro e ainda acompanhado por Camily ele tranca a porta. A garota diz “desculpa tio, é que tá um calor... E parecia que tinha uma voz que me dizia: Vai tomar um banho, vai tomar um banho...” Enquanto a garota falava o homem só a olhava imaginando o que havia por debaixo daquele reles pano. Não resistiu. Avançou pra cima dela rançando a toalha com força, chupando seus seios com tanta intensidade que a machucava. A menina gritava, mas ninguém vinha socorrê-la. Marcelo a estuprou no chão do banheiro. Após o incidente Marcelo a limpou e eles foram para seus quartos. No outro dia, logo cedo, Da Luz conversava com Camily enquanto todos os outros membros da família tomavam café. Quando perguntada do porque dos hematomas a menina disse que havia caído no banheiro. Camily e Leticia decidiram ir embora antes do previsto. Quando as meninas se despediam Da Luz soprou no ouvido de Marcelo “não há mal nenhum. Fica tranqüilo. A menina não vai contar pra ninguém, ela sabe que será melhor pra todo mundo. Que sorte que ninguém ouviu os gritos dela. Você deve ter alguém te olhando com muito carinho lá de cima, ou lá de baixo”. Desde esse dia Marcelo não conseguiu mais ter nenhuma ereção.
COISA DE MACHO
Da Luz traz um jovem amigo chamado Felippe para jogar vídeo-game com Júnior. Felippe é um sujeito estranho, é jovem, porém largado, mas é carismático e engraçado e logo conquista a simpatia de Júnior. No terceiro dia somente Júnior e Felippe estão em casa. O jovem pergunta se pode acender um cigarro. Apesar de desconfortável Júnior deixa. Quando o jovem percebe Felippe estava acendendo um cigarro de maconha. Júnior o repreende, mas é retrucado por argumentos confusos e pífios do rapaz. Por fim Júnior o deixa fumar. Ele lhe oferece, mas o rapaz nega. De repente a porta se abre rapidamente. É Da Luz. Felippe tenta esconder o cigarro, mas o homem logo afirma “saber o que estava acontecendo”. Ele indaga Júnior sobre a maconha e o jovem não consegue se explicar. Ao perceber o nervoso do garoto Felippe e Da Luz começam a rir. O homem diz “fica tranqüilo moleque. Isso é natural. Esquenta não. Você vai se incomodar se eu der um tapinha?”, Júnior meneia a cabeça negativamente. Com o cigarro na boca Da Luz prossegue “e aí quanto que está esta pelada? Depois sou eu”. Recuperado do susto o trio volta a jogar, dessa vez acompanhado por alguns cigarros da erva. Por fim Júnior decide experimentar um pouco. Os três terminam a tarde chapados e risonhos. Felippe deixa um baseado com Júnior. Após uma semana Júnior procura Felippe atrás de mais maconha, mas o jovem diz que “não estava mais nessa”. Quando perguntado Felippe diz que estava “dando uns tiros” agora, e oferece cocaína a Júnior. O jovem recusa num primeiro momento. No sábado Felippe o convida para uma festa. À noite aparece acompanhado por duas belas jovens. Eles entram no carro. Felippe e as duas jovens aspiram a droga que novamente é oferecida a Júnior. Timidamente ele mais uma vez nega. Uma das moças rebate “ih Lipe você não disse que seu amiguinho era uma flor”, todos riem. Na festa, regada a muito álcool e droga, a jovem convida Júnior para irem a um canto mais reservado. Ela aspira mais cocaína e o beija, e em seguida pega em seu pau. Ela morde a orelha dele e diz “é sua vez gostosão, cheira só essa, pra gente fazer gostoso”, Júnior não resiste aos encantos e apelos da bela jovem e aspira a droga. Em uma semana Júnior está viciado, a usa todos os dias, e está ainda mais violento.
JOVEM DEMAIS PARA ISSO
Após várias tentativas em vão de fazer sexo com Marcelo, Susana se sente triste e frustrada. Percebendo o estado da mulher Da Luz vem a seu encontro “que foi Susanita? Tô te achando tão triste”. Ela desconversa. Ele insiste “pode falar Susana. Nós somos ou não somos amigos porra?”. Ela continua reticente. Da Luz instiga “é sobre o problema do Marcelo? Porra Susana ele me contou. Que merda né?”. Ela o olha e chora. Ele a acalenta. No escuro da cozinha ele diz “amanhã trago um lance pra você que vai dar uma amenizada”. No outro dia após as crianças irem pra escola e Marcelo para o trabalho, o assunto volta a voga. Dessa vez é Susana que puxa a conversa afirmando estar gorda, velha e desinteressante para o marido. Da Luz mal a deixa terminar a frase “que isso Susana? Você está jovem demais pra isso. Com todo o respeito você é muito gostosa! Pelo amor de De.. Pelo amor. Que isso fia. Pára”. Ele vai ao quarto e volta com um pacote e diz “olha só, isso aqui você usa quando der uma vontade muito grande. Você abre um vinhoznho bota uma música legal e usa. Sem constrangimentos. Vai te ajudar. Vai por mim. É normalíssimo”. Susana pega o pacote, mas não o abre. Da Luz convida Marcelo para pescar à noite, enquanto as crianças vão ficar com Camily e Letícia. Ele diz para a mulher “olha, é a oportunidade para você usar aquele presentinho ta?”. Ela balança a cabeça que sim. Quando está sozinha em casa ela segue o conselho de Da Luz, bota uma bonita camisola, abre uma garrafa de vinho, deixa só a luz do abajour acessa, coloca uma boa música e abre o pacote. Era um vibrador. Ela olha constrangida num primeiro momento, mas logo se deixa levar. Excitada, mas com dificuldade no manuseio do “brinquedo” Susana pensa em desistir quando a porta de seu quarto abre, é Da Luz “porque fazer com um de mentira se tem um de verdade aqui?”. Ela pergunta sobre Marcelo e o homem diz “a pescaria era caô. Conversamos e ele deixou”. Ela tenta argumentar, mas é interrompida com várias beijos do estranho hóspede. Os dois fazem sexo a noite inteira.
O ESTRANHO MUNDO DOS AMORIM
Após dois meses do aparecimento de Da Luz, a casa dos Amorim é praticamente uma “sucursal do inferno”. A casa está toda bagunçada, suja e os integrantes da família aspiram cocaína o tempo todo e fazem sexo entre si. Vizinhos afirmaram ouvirem barulhos de cascos a noite inteira, além de sentirem um insuportável cheiro que não largava a casa.
Uma vez disseram que um rapaz testemunho de Jeová bateu a porta da casa, e quem atendeu foi Da Luz. Quando perguntado sobre como era o seu nome ele disse “sou Anjo da Luz, ou melhor, Lúcifer! Entre, a casa é literalmente, sua”. A família Amorim foi brutalmente assassinada por Marcelo que depois se suicidou. Policiais disseram que haviam terríveis palavras escritas com o sangue da família nas paredes. Da Luz nunca mais foi visto pela região, acho que viajou. Hein, cuidado com quem você deixa entrar em sua casa.
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