Capitaneado pelas declarações do deputado Jair Bolssonaro no CQC e pela vitória do Marcelo Dourado no penúltimo BBB me veio um pensamento a mente. O deputado (5º mais votado no Rio de Janeiro) e o lutador de vale tudo tinham uma característica em comum: A polemica. Bem, chamemos de polemica. Os dois, ao que me parecem (atenção: Me parecem) são um cadiquinho preconceituosos religiosos, homofóbicos, e racistas. Até aí nenhum grave problema. Azar o deles. O problema começa quando olhamos para os últimos resultados obtidos por ambos. O deputado, polêmico até o último fio de cabelo, conseguiu expressiva votação no “moderno” estado do Rio de Janeiro, enquanto o lutador venceu a décima edição do reality show brasileiro. Alguém se parou pra perguntar por quê? Por méritos, alguns dirão. Sim. Pode ser. Mas e se eu disser que venceram por serem “polêmicos”? E que os polêmicos em questão é ter opiniões nada convencionais sobre religião, raça e opção sexual. Pois bem. Aí mora o perigo. Se mesmo com opiniões diferentes do politicamente correto os dois personagens citados são campeões de bilheteria o que podemos entender é que eles, simplesmente, falaram aquilo que a população queria ouvir, ou pior, o que gostariam de falar, mas não podem pelo politicamente correto (veja mais no artigo “o poder da palavra” na coluna artigos) que opera em nosso país. Bolssonaro e Dourado receberam quantidade significativa de votos em suas frentes o que mostra que são apoiados em seus pensamentos. Ou seja, o Brasil ainda é preconceituoso racial, continua achando que todo crente é besta e que ser viado é safadeza e, para tanto, premia quem tem coragem de falar. Temos algumas coisas erradas aí. Estamos em 2011 e ainda tem gente que pensa como homem das cavernas e, no que considero até mais grave, sem voz ativa ou com medo de falar suas opiniões, mesmo que seja a de um neandertal. Que Brasil que estamos deixando para os nossos filhos? Imagina uma presidência da república chefiada pelo Dourado tendo como vice o Sr. Bolssonaro? Cuidado evangélicos, negros e gays, poderemos ter uma nova versão de Auchwitz.
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