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quinta-feira, 14 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
NÃO ME TOCA EM MIM* (DAY AFTER)
No programa exibido no último dia 11/04 o repórter do programa CQC – Custe o Que Custar Rafael Cortez foi cuspido pelo “ator(?)” Paulo Vilhena no rosto (vídeo acima). A “celebridade” brasileira e sua namorada, a também “super famosa” “atriz(?)” Thaila Ayala aparentam ser avessos a programa que mostrem a vida de celebridades e afins. Sejam eles sérios ou de humor. Até aí nenhum grave problema, apesar de, como diria o filósofo Vicente Mateus ‘quem está na chuva é pra se queimar’ e quem se propõe a aparecer na televisão tem de estar preparado para este tipo de circunstancia. Mas repito: Até aí tudo bem. O problema é quando esses “artistas” extrapolam e agridem os repórteres. Entendamos o caso: Rafael, o repórter do programa da TV Bandeirantes, entrevistava vários artistas bonitos que desfilavam em um evento de moda e, por galhofa, sugeriu ao famosão Vilhena que fizessem algo dito “masculino” para evitar qualquer tipo de “queda” por um dos bonitões que povoavam o evento. Nada demais. Brincadeira. Das mais bobas até. Nada que ofendesse a moral, opção sexual, ou seja, lá o que for do tal rum, rum (pigarro) ator. Pois bem. Do nada o camarada sugere, como ato masculino, cuspir na cara do repórter que, cria do humor, aceitou, talvez até por duvidar que Vilhena assim o fizesse. Mas ele fez. Cuspiu com tudo. Cortez teve sangue frio (até demais pro meu gosto) e tentou continuar a brincadeira dizendo que era a “vez dele”. O atorzão famosão quase hollywoodiano virou e saiu em disparada. Cuspiu e saiu fora. Machão mesmo a celebridade. O repórter do CQC (um programa que gosto muito, diga-se de passagem) fez uma piadinha sem graça e encerrou a matéria. O problemão mesmo rolou no dia seguinte e envolve Cortez, Vilhena e o povo. Depois de não ter feito nada (até para não por a curta carreira em cheque) Rafael Cortez usou o Twitter para relatar o que foi visto por todos. Começou a fazer piadas do que não era pra ser feito piada, e tentou, a todo custo, sair por cima da situação. Devia ter dado um depoimento sério, repreendendo o “ator” e explicando sinceramente a audiência do programa do porque de não ter dado um porrada na cara do almofadinha (dizer que não queria jogar sua carreira no ralo seria um argumento plausível). Vilhena foi ainda mais calhorda. Disse que só cuspiu porque o repórter pediu. Esse depoimento beirou o absurdo. Se ele não gosta desses tipos de programas simplesmente não desse entrevista e pronto. Imagina se começássemos a cuspir na cara de todo mundo que a gente não gostasse? O famosão disse ainda que não devemos acreditar em tudo que vemos na televisão. È claro que não, eu realmente não acredito que você, Paulo Vilhena, faça novela. O povo, por sua vez, também teve sua parcela de bizarrice. Não foram poucos os que, atenção, apoiaram a atitude nojenta, covarde, e escatológica do cara. Isso mesmo que você leu. Apoiaram! Isso porque Rafael Cortez é um cara tranqüilo, da paz, que estava só fazendo o trabalho dele. (Se fosse pelo menos pra apoiar o famosão a dar uma cuspida na cara do Sr. Bolssonaro ainda ia). Esse é o povo brasileiro. Apoiando um idiota a agredir um trabalhador. No final disso tudo todo mundo saiu... Perdendo? Não. Ganhando! O Vilhena botou pra fora a raiva que tem dos programas de celebridade, Cortez ganhou mais assuntos para piada, o povo ganhou mais uma notícia para comentar e eu um assunto pra fazer mais um artigo. É isso. Mas cuidado: O próximo cuspido pode ser você!
*Não me toca em mim (sic) disse Maria Bethania a um repórter do programa Pânico na TV
sexta-feira, 8 de abril de 2011
CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA*
Ontem pela manhã um rapaz de 24 anos (acima na foto) invadiu uma escola da periferia do Rio de Janeiro e, sem motivo aparente nenhum, efetuou vários disparos em direção às crianças que lá estudavam. Foram 11 mortes (fora a dele próprio) e mais um sem número de feridos (alguns em estado grave). O humorista Marcelo Adnet, em comentário muito feliz, atribuiu o caso como sendo uma tragédia, semelhante a um tsunami, por exemplo. Concordo com ele. Nunca ninguém estará preparado para uma situação como essa e, principalmente, para uma reação como essa, como foi a do assassino. Ainda mais que, a princípio, o jovem não sofria nenhum tipo de perseguição ou humilhação, nem na época de escola (ele estudou lá) e nem na vida atual. Em situações absurdas como esta ninguém (a não ser o próprio assassino, claro) pode ser taxado de culpado. Não houve falha de ninguém. Nem de segurança, nem de saúde, nem de educação. O cara, louco, decidiu matar pessoas, e ponto. Uma fatalidade. Igual a um tsunami. Dado isto o leitor deste artigo deve estar se perguntando, então porque crônica de uma morte anunciada? A morte anunciada em questão não são as das crianças e não é a do jovem. A morte anunciada é a da nossa identidade enquanto país. Importamos qualquer bobagem do exterior (em especial dos EUA) e trazemos para cá, e as fazemos, como se eles fossemos, jogando janela abaixo nossos costumes e jeito. Infelizmente era questão de tempo perceber que nos limitarmos a comer no Mc Donalds um Big mac + uma Coca grande e que isso estava fazendo com que nossa antes esbelta população se tornasse tão obesa quanto a dos norte americanos era o suficiente. Não. Agora importamos coisas piores. Pelas bandas de lá que, em virtude de uma sociedade muito mais opressora do que de alguns países árabes, que jovens humilhados e fracassados por não serem o número 1 (olha que coincidência: é o slogan do país) acabam desviando-se de sua sanidade, partindo para essa violência absurda, para essa barbárie da vida moderna, onde não só as vítimas em si, mas a sociedade como um todo sofre. Não. Não é mais só mazela de lá. É daqui também. E olha que por aqui não temos preconceito racial (brancos de um lado e negros do outro) como lá, não temos preconceito étnico (contra islâmicos “terroristas em potencial”, por exemplo) como lá, nem contra cidadão vindo de qualquer outro país, como lá, e nem essas bobagens de vencedor e perdedor tão propagado como lá. E olha que não temos. Mas já temos assassinos que invadem escolas. Que pena. Do jeito que vamos teremos logo, logo, que trocar nossas estrelas da bandeira por estrelas azuis e, preferencialmente, acompanhadas por listras vermelhas.
* Título tirado do livro de Gabriel Garcia Marques a quem recomendo que leiam.
terça-feira, 5 de abril de 2011
GARÇOM AQUI NESTA MESA DE BAR...
Sempre detestei musica sertaneja a qual batizei carinhosamente de música “breganeja”. Seus enredos, normalmente banais e pobres de argumentos, se resumem a homens traídos, amores impossíveis, ou, nos piores casos, a bêbados jogados ao chão, ou “caindo e levando”. Sempre mantive distância desse ritmo por não gostar dele. Porém num dia saí pra minha balada rave e enfiei o pé na jaca com força. Bebi pra cacete, usei umas balinhas... Lembro de ter beijado uma menina de cabelo verde e até um cara (nunca fui disso, mas estava mucho loco neste dia). Nem sei o que aconteceu no resto da noite e de como cheguei em casa. Sair pra balada e voltar ruinzaço não era novidade pra mim, mas o que me aconteceu no dia posterior sim. Lembro de ter acordado lá pelas duas da tarde e, dentre as sensações típicas de uma ressaca, eu sentia algo mais. Era uma dor, doída mesmo. Era como se meu coração estivesse apertado e ao mesmo tempo querendo pular boca afora. Sentia uma saudade absurda e me peguei com os olhos marejados algumas vezes. Sim. Eu estava sofrendo de amor. Logo eu que sempre achei que amor era nada mais do que um produto do “marketing vende tudo” e desacreditava geral disso tudo. Sim. Estava amando. E sofrendo. Ela tinha me abandonado, isso era fato. Deduzi pelo que eu sentia. Fui até o banheiro, meio tonto, jogar uma água no rosto como se isso me fizesse despegar desses sentimentos loucos que eu nunca imaginei sentir e acreditar. Quando cheguei próximo ao espelho outra surpresa. Eu não era eu. Bem. Eu era eu, mas diferente. Meu cabelo “meso” moicano, levemente ruivado, minha barba estilo cavanhaque e meus piercings haviam simplesmente sumido. Eu estava de barba feita, cabelo penteadinho “estilo João”, e não havia nenhum traço de brincos em meu rosto. Minha tatoos também haviam sumido. Eu estava igualzinho a todo mundo. Meu estilo clubber sumiu como por mágica. A parada era tão real que me assustei de verdade. Me belisquei e doeu. Se era sonho, era sonho em grau elevado. Me deu fome. Parti para a geladeira com uma vontade imensa de comer pão com mortadela. Logo eu que sempre detestei essas paradas populares que te deixam arrotando o dia todo. Tinha pão com mortadela e comi, acompanhado por um grande copo de café (que eu também não gostava). Apesar de não estar mais com fome eu continuava sofrendo pensando na minha amada, cujo nome não sabia, mas que me fazia sofrer pra burro. Decidi sair de casa para tentar esquecer ou entender aquilo tudo e me vi entrando num bar, dessas portas de boteco, manja? Lá dentro estava um monte de pés inchados bebendo cachaça. O dono do boteco era um senhor gordo, careca, peludo, que usava uma camiseta regata de pano ordinário. Tinha um palito que ficava mastigando o tempo todo e fedia insuportavelmente a suor. Me aproximei dele e o homem me conhecia. Me chamou pelo nome e perguntou como eu estava. As palavras saiam de minha boca sem que eu tivesse controle sobre elas e à medida que falava lembrava-me de tudo como se aquela coisa bizarra fosse minha vida de verdade. Pedi uma dose de cachaça, e depois outra. Enquanto tomava a bebida contava ao dono do boteco sobre o que acontecera. Contei que havia conhecido Jadislane (só podia ser enredo de música sertaneja mesmo) no forró e que tinha me apaixonado na hora. Que havia levado-a a meu barraco (usei o termo barraco) e que tínhamos prometido um ao outro morar juntos assim que ela recebesse o FGTS dela. Nesse meio tempo ela ia a minha casa e passávamos noites juntos. Ela não podia viver comigo enquanto a mãe não se curasse de uma doença (era gota), pois era ela que cuidava dos dois meninos dela, o Wallyson e o Willigam. Recordo-me que o botequeiro ouvia aquela estória ridícula como se fosse à coisa mais normal do mundo e, vez por outra, apoiava-me. Lembro-me de ele ter dito que me daria uma dose por cortesia dada minha tristeza. Continuei a estória. Disse que estava prestes a me casar com Jadislane, pois o governo havia liberado um casamento coletivo no feriado. Porém, dias antes da cerimônia, a peguei na minha cama com um caminhoneiro que tinha o apelido de Lambão. Matei Lambão. Acabei absolvido por ter agido em defesa da honra. No final das contas, ainda apaixonado, quis reatar com Jadislane, mas ela não quis ficar comigo, pois era apaixonada por Lambão e eu havia lhe tirado o amor da vida dela. Já aos prantos contei ao dono do barzinho que ela também era o amor da minha vida e que ela não podia ter feito isso comigo. Já era tarde e me deu sono. Terminei dizendo ao garçom que, se eu pegasse no sono, que ele me deitasse no chão.
sábado, 2 de abril de 2011
BENEFICIOS MORAIS DA SABEDORIA
Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos. Para fazeres o teu ouvido atento à sabedoria; e inclinares o teu coração ao entendimento; Se clamares por conhecimento, e por inteligência alçares a tua voz, Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, Então entenderás o temor do SENHOR, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o SENHOR dá a sabedoria; da sua boca é que vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, Para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos seus santos. Então entenderás a justiça, o juízo, a eqüidade e todas as boas veredas. Pois quando a sabedoria entrar no teu coração, e o conhecimento for agradável à tua alma.
Sim! Este texto belíssimo sobre sabedoria é da Bíblia! Está em Provérbios 2: 1 -10.
Textos como este são um tapa na cara daqueles que insistem em não admitir a inteligência de Deus.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
O QUE NÃO PODE SER DITO
Capitaneado pelas declarações do deputado Jair Bolssonaro no CQC e pela vitória do Marcelo Dourado no penúltimo BBB me veio um pensamento a mente. O deputado (5º mais votado no Rio de Janeiro) e o lutador de vale tudo tinham uma característica em comum: A polemica. Bem, chamemos de polemica. Os dois, ao que me parecem (atenção: Me parecem) são um cadiquinho preconceituosos religiosos, homofóbicos, e racistas. Até aí nenhum grave problema. Azar o deles. O problema começa quando olhamos para os últimos resultados obtidos por ambos. O deputado, polêmico até o último fio de cabelo, conseguiu expressiva votação no “moderno” estado do Rio de Janeiro, enquanto o lutador venceu a décima edição do reality show brasileiro. Alguém se parou pra perguntar por quê? Por méritos, alguns dirão. Sim. Pode ser. Mas e se eu disser que venceram por serem “polêmicos”? E que os polêmicos em questão é ter opiniões nada convencionais sobre religião, raça e opção sexual. Pois bem. Aí mora o perigo. Se mesmo com opiniões diferentes do politicamente correto os dois personagens citados são campeões de bilheteria o que podemos entender é que eles, simplesmente, falaram aquilo que a população queria ouvir, ou pior, o que gostariam de falar, mas não podem pelo politicamente correto (veja mais no artigo “o poder da palavra” na coluna artigos) que opera em nosso país. Bolssonaro e Dourado receberam quantidade significativa de votos em suas frentes o que mostra que são apoiados em seus pensamentos. Ou seja, o Brasil ainda é preconceituoso racial, continua achando que todo crente é besta e que ser viado é safadeza e, para tanto, premia quem tem coragem de falar. Temos algumas coisas erradas aí. Estamos em 2011 e ainda tem gente que pensa como homem das cavernas e, no que considero até mais grave, sem voz ativa ou com medo de falar suas opiniões, mesmo que seja a de um neandertal. Que Brasil que estamos deixando para os nossos filhos? Imagina uma presidência da república chefiada pelo Dourado tendo como vice o Sr. Bolssonaro? Cuidado evangélicos, negros e gays, poderemos ter uma nova versão de Auchwitz.
UM COPO DE UÍSQUE
Curitiba, Paraná 2007. Quanto vale fugir da melancolia? Para Celso esta é uma pergunta sem resposta. Sua vida toda está embriagada por desilusão e tomada por desespero e tristeza. Um copo de uísque. Esta tem sido a medida da fuga que ele tem. Todos os dias cansados da vida nojenta, dos homens nojentos, de todos que o olham com aquele olhar nojento de bom samaritano, Celso bebe. E bebe para esquecer. Esquecer que vive nesse mundo que ele próprio chama de “esgoto habitável”. É muito para Celso compreender como os homens conseguem ser tão vis às vezes, como crianças podem ser mortas como são, como há tanta gente pobre e miserável, e como pode haver tanta mesquinharia no mundo, e como não compreende, foge. Todos aqueles bons samaritanos de merda, hipócritas revestidos como lobos em pele de cordeiro. Dizendo-me que sou fraco, que tenho um problema, que preciso dar a “volta por cima”, diz ele enquanto balança o copo para ouvir o barulho do gelo batendo. Todos eles, insiste. Eles não sabem de nada. Fracos são eles que não percebem. Não percebem o quanto de podridão que estamos envolvidos, o quanto de maldade que há em nossos corações. Estão todos alienados meu Deus! Como é que pode? Não querem enxergar aquilo que está na cara, ou fingem que não querem enxergar sei lá?!? Diz enquanto balança o copo. Então eu tenho um problema? Problema tem aquelas donas-de-casa de coco que ficam religiosamente assistindo aquelas novelas de bosta, vendo aqueles bonitões e aquelas gostosonas vivendo uma vida que não é, e nunca será, delas. Deixa a janta para as oito horas grita uma dessas donas-de-casa, “pra depois da novela” elas fazem questão de salientar como se isso fosse um direito seu, uma virtude até, assistir novela. Mais problema tem o “papai” dessa família, assistindo o Jornal Nacional, acho que no fundo mesmo ele fica pensando é nas pernas da Fátima Bernardes por debaixo daquele balcão, porque é inadmissível pensar que ninguém entenda que é manipulado da forma mais ridícula possível. No final depois da “notícia bonitinha” o “chefe” da família sai feliz da frente do televisor após o “boa noite” do Willian Bonner com aquele cabelo ridículo com mexa branca. Quando vai a rua o cara fala com propriedade sobre CPI, CPMF, IBGE sem nem ao menos saber o que significa estas siglas. Ah, e essa família “certinha” ainda deve ter uma filha que ouve Calipso, Latino, ou algum funk da moda, todos sugerindo, ou melhor, mandando, os seus fãs imitarem passos de dança, normalmente “balançando a bundinha” ou algo do tipo. Quando vejo shows desses grupos fico com a impressão de ver vários macacos na platéia imitando ridiculamente os passos de dança do cantor. Com muita sorte essa família pode ter um caçula que goste de jogar Street Fighter, ou qualquer jogo com nome em inglês, onde o objetivo é rancar a cabeça do adversário. Mas... Realmente. Eu é que tenho problema, diz, colocando mais uma dose de uísque. Não é problema vivermos em um mundo racista, não é problema vivermos controlados pela “nação número um” que são os Estados Unidos, não é problema vivermos em guerra, mutilados, presos pela violência urbana, realmente isso não é problema. Talvez o problema mais grave do mundo seja o meu. Meu Deus quanta hipocrisia. Minha garrafa de uísque acabou. Acho que é hora de dar um final para isso tudo.
MÁXIMAS
Sobre jogaram uma banana pro Neymar em Londres no jogo contra a Escócia e ele ter "deixado pra lá":
"No Brasil temos os negros mais brancos do mundo".
"No Brasil temos os negros mais brancos do mundo".
DOIS
Era uma vez um, que se somou a outro um
Virou dois. A soma perfeita na imperfeição mais exata.
Abstratamente concreta como calçada, como passada.
Como passar de um lugar a outro numa viagem ao mesmo lugar.
É amar, é amar, é amar...
Agora é dois. Feijão com arroz e fome saciada com nada na barriga.
É o passear pelo corpo no calor que o mais ardor me faz frio.
Um desatino antenado num nada profundo.
Mais profundo que um mar que me puxa e me leva. É barco a vela.
Como é bela, como é bela, como é bela...
Veio e foi batendo na cara, amassando o peito naquele amasso mais gostoso.
Num fechar de meus dois olhos que fazia me enxergar por dentro.
É um dentro que dá pra fora, é o despertar de um novo mundo.
Que, velho, me parece calorosamente tranqüilo. É o colo de bebê.
Vou te beber, vou te beber, vou te beber...
Absorto sou dois em um, sou metade, partido, inteiro, menor.
Não maior que um zero redondamente quadrado, num quadrado sem lado.
No espaço sem marcação de tempo, não existe lugar nem hora.
E, naquela hora, o mundo para por uns instantes.
O mundo parou, o mundo parou, o mundo parou...
E só restou um louco pulsar no peito, e espasmos de um coração pueril.
Velho como dois meninos e experiente como a debutante.
Sou eu em suas mãos, marionete de um destino docemente traçado.
Guia de um tesouro já encontrado antes mesmo da busca.
És minha bússola, és minha bussola, és minha bússola...
Não me importo de ser joguete se às vezes, a dois, me sinto foguete.
E não ligue se eu der uma de brabo, experiente
Pois quem manda de verdade no meu pagode é você.
Chegou e botou ordem pra bagunçar depois e eu só meneando a cabeça.
Ta tudo beleza, ta tudo beleza, ta tudo beleza...
Falando em sua beleza, ops, sou suspeito pra falar.
Aliás, cá pra nós dois, sou culpado. Chama a polícia, diria aquele vizinho.
Algumas estórias são boas pra contar. Como aquela estória do cara que
não era ninguém e encontrou o tudo. Lhe é familiar? Ta ali.
Guardada no peito, guardada no peito, guardada no peito.
Dois anos com o meu bem
O coração batendo acelerado a cada dia.
Minha inspiração de poesia, és primazia, destino traçado.
Cada hora mais apaixonado porque no meu coração tem.
Um lugarzinho do amor bem ali na eternidade.
PIOR QUE TÁ NÃO PODE FICAR?
Tiririca emprega os amigos humoristas, que ficam em SP, com salário de R$ 8 mil
Sebastião Moreira/AE-22/9/2010
"Nas ruas. Durante a campanha eleitoral de 2010, deputado ficou conhecido pelo polêmico slogan 'pior do que está não fica'"
Niccolini é presença semanal na TV com o personagem Dapena, uma sátira do apresentador da TV Bandeirantes José Luiz Datena. No ano passado, durante as eleições, o humorista foi protagonista de um quadro cômico que interpretava os então candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT).
Os humoristas nomeados por Tiririca moram em São Paulo e não cumprem expediente diário como servidores da Câmara - até porque Tiririca não tem escritório político na capital paulista. Niccolini e Oliveira ajudaram a fazer dois dos slogans principais da campanha: 'Vote no Tiririca, pior do que está não fica' e 'O que é que faz um deputado federal? Na realidade, não sei. Mas vote em mim que eu te conto'.
Ideias. Procurado pelo Estado, Niccolini justificou a sua contratação na Câmara com a seguinte frase: 'A gente é bom para dar ideias'. 'Ele (Tiririca) escolheu a gente porque ajudamos na campanha, só por isso. Porque acredita que podemos dar boas ideias.'
Os dois secretários parlamentares de Tiririca fazem parte do grupo de humor Café com Bobagem, que, entre outras coisas, tem parceria com o A Praça é Nossa, programa da emissora SBT, onde conheceram o palhaço há dez anos. Por sinal, é no escritório do Café com Bobagem, em São Paulo, e não num lugar ligado ao mandato de Tiririca na Câmara, que os humoristas contratados trabalham diariamente.
Questionado pela reportagem sobre o valor pago na campanha eleitoral por terem criado os slogans, Niccolini foi irônico: 'Uns 100 milhões de dólares para cada um; pouquinho'.
Segundo a prestação de contas de Tiririca à Justiça Eleitoral, a empresa do grupo, T.R.E. Entretenimento Ltda., recebeu R$ 10 mil pelo serviço.
Comunicação. Procurado pelo Estado, Tiririca informou, por intermédio da assessoria de imprensa, que contratou os dois humoristas para ajudá-lo no mandato parlamentar.
'O deputado Tiririca nomeou os assessores levando em conta o critério de conhecê-los pessoalmente e também o fato de serem dois comunicadores que vão colaborar e desenvolver trabalhos dentro da temática que o deputado atua.'
Hoje completam dois meses desde que Tiririca tomou posse. Campeão de votos em 2010, é o segundo mais votado da história - perde para Enéas Carneiro, que disputou pelo Prona.
Por enquanto, Tiririca não apresentou nenhum projeto de lei nem fez discurso na tribuna do plenário.
Erro no voto. Na sessão mais importante até agora, a votação do salário mínimo, o deputado disse que se confundiu e votou errado, contrário ao governo: apoiou o valor de R$ 600, quando, de acordo com orientação partidária, deveria votar pelos R$ 560 aprovados pela maioria.
Tiririca foi indicado pelo PR para a Comissão de Educação e Cultura. 'Deu para entender legal', disse, após a primeira reunião do colegiado.
No fim do ano passado, após ser eleito, envolveu-se numa polêmica com o Ministério Público, que contestou sua candidatura sob alegação de que ele seria analfabeto. O deputado foi submetido a dois testes - de leitura e escrita -, por exigência do Ministério Público, e conseguiu provar que não é analfabeto. Ele teve que ler em voz alta e escrever um ditado. O palhaço obteve uma vitória na Justiça, que não viu elementos para prejudicar sua posse.
A grande família
O irmão de José Américo Niccolini, Pedro Luiz, também foi contratado pelo gabinete de Tiririca pelo mesmo salário dos outros dois: R$ 8 mil por mês, somadas as gratificações.
Nota do blogueiro: Sim Tiririca. Pior que está pode ficar!
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