Querida Anna
Quando abri meus olhos e te vi pela primeira vez com seu sorriso largo, olhos brilhantes, feição amigável e jeito apaixonado, mal sabia que te veria outras vezes, e outras vezes... e mal poderia imaginar o quão necessário seria te ver...
O tempo - sempre ele - tratou de nos aproximar, de estreitar nossos laços, de fazer eu confiar em você... O tempo fez aquecer meu coração para contigo. Fez seu colo me parecer agradável, seu cheiro inconfundível e sua companhia acolhedora. O tempo nos fez criarmos brincadeiras, maneirismos e códigos só nossos. Me jogo sabendo que você vai me segurar.
O tempo, aliás, é meio louco. Eu, no meu mundo de bebê, acho tudo muito longo e distante, enquanto vocês, adultos, tem pressa pra tudo. Nesta pressa de não sei o quê, me falaram que você faz dezoito anos hoje. Vejo quem te conhece lamentando, relembrando, saudosamente, de sua época de neném, desejando que você fosse a mesma pequena de sempre. Eu, por minha vez, nem ligo, pois te amo e te amarei em qualquer época.
Ouço os mais velhos falarem sobre instinto. Instinto de mãe... de mulher... de velho... Nem sei se eles realmente pressentem alguma coisa. Eu sim. E meu instinto de bebê - este sim infalível - me diz que eu só deveria me jogar, de alma e coração, na vida de quem fosse íntegra, amiga, solícita, esperta, responsável e mais várias qualidades. Aí veio você e tudo isso. Dei sorte!
Nem sei como será quando você tiver 36 e eu 18, nem sei se o mundo vai acabar ou recomeçar. Contudo de uma coisa sei: Estará alguém aqui que vai que, imune ao tempo que for, te amará sempre e sempre e sempre e sempre.... 💓💓💓💓💓💓💓
Laura
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