NICHOLAS SPARKS
A muito tempo que a caravana de New
Village pretendia migrar para o bucólico reino de Wind Beach. O grupo, liderado
por Balzac, finalmente conseguiu recursos o suficiente para fazer a famigerada
viagem.
Contudo, Mayer, o cocheiro que levaria a
caravana, estava aflito. Seu grande amor, Lady Voldemort, não estava na relação
que iria para o novo reino. Esperançoso de conseguir contornar tal panorama, o
jovem guia foi até Balzac na expectativa de comovê-lo e fazê-lo mudar de ideia.
Balzac o recebeu em seu pomposo castelo e
ouviu seus argumentos por várias horas. O líder, na verdade, parecia
divertir-se com a aflição do cocheiro, e com a capacidade de criar argumentos
que o rapaz proferia.
Após ouvir tudo atentamente, e com um
júbilo que conseguia a custo manter obscuro, Balzac continuou taxativo quanto a
seu decreto: Lady não iria e pronto!
Com a decisão de seu chefe tomada, Mayer
voltou desolado para sua casa. Porém, resoluto a manter seu relacionamento, o
jovem decidiu-se: Levaria sua amada, escondida, junto à caravana rumo a Wind
Beach.
No dia viagem todos estavam presentes:
Rei Master Cat, rainha Black Jewelry, Baronesa Lean Future e a jovem duquesa
Tiger Kid II que lia uns estranhos escritos de um tal Sir Nicholas Sparks do
reino de América. Junto aos nobres, iam dois lacaios, uma ama, e dois
assistentes do rei e, claro, Balzac e Mayer.
Mayer e Lady Voldemort tinham tudo
planejado. A garota ia escondida junto aos numerosos pertences do rei e da
rainha e lá chegando, e não tendo como voltar, a jovem trabalharia para a
rainha.
Lady posicionou-se nos fundos da
carruagem dos pertences do rei quando acabou surpreendida por Balzac. O homem a
capturou e a pôs em outra carruagem amarrada e vendada. Sem saber que sua amada
passava por tal aflição, Mayer seguiu liderando a caravana satisfeito por seu
plano supostamente ter dado certo.
Chegando a Wind Beach todos desembarcaram
e, após o período onde todos puderam se estabelecer, Mayer foi a procura de sua
amada. Chegando ao local tramado, ele não a viu. Mesmo desesperado, o jovem
teve de manter sua aflição em silêncio, uma vez que tal insubordinação poderia
lhe custar a prisão, ou pior, a morte.
Percebendo a tristeza de Mayer, Balzac
divertia-se às custas da mazela do criado. Por vezes, sarcasticamente, o líder
perguntava do porquê da introspecção do rapaz que insistia em dizer que não era
nada, mesmo estando despedaçado por dentro.
O que o consolava eram os escritos do tal
Sparks, um autor de manjadíssimas histórias de amor. Naquelas histórias uma
série de óbvios desencontros amorosos ocorriam, porém, no final, o casal se
reencontrava e terminava bem.
Mayer estranhou que todas as histórias
tinham o mesmo enredo e final, mas, apegado à esperança de que sua vida
imitasse a arte daquele medíocre escritor, o jovem perdia-se em sonhos e
deixava-se levar pelos enfadonhos escritos.
Após o fim da jornada da família real em
Wind Beach, Balzac chamou Mayer para conversar. Após mais uma série de tortura
psicológica, o chefe perguntou ao jovem se ele achava que sua história com Lady
Voldemort poderia ter o mesmo fim que as histórias de Sparks. Ao responder que
sim, Mayer fora abruptamente interrompido por Balzac.
O carrasco líder, com muita crueldade
listou o que fez com Lady. A trouxe na caravana (e a manteve distante de seu
amado mesmo estando no mesmo reino); retirou sua pureza; fez-lhe-a um filho, a
trancafiou numa gruta próximo ao ‘Buraco do Diabo’, e a mutilou retirando sua
beleza e juventude.
Após relacionar o que fez com a jovem,
Balzac perguntou a Mayer se ele ainda a queria. Egoísta, o jovem disse que não,
pois não conseguiria viver com uma mulher feia, desvirtuosa e sofrida como Lady
se transformara.
Saldo desta aventura:
Nicholas Sparks só escreve mentiras!
Balzac fez Mayer sofrer.
Lady Voldemort continuava sozinha.
E Mayer vivia resmungando aos quatro
ventos: “Aquele maldito Balzaquiano!”
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