segunda-feira, 15 de outubro de 2012

AOS MESTRES COM CARINHO


Hoje 15 de outubro é comemorado o Dia do Professor.  O dia do profissional pai de todos os outros profissionais. O dia do mestre, do conselheiro. O dia daquele que vibra com pequenas vitórias e que sofre com cada queda.

Professor, aquele que não se envergonha em ser piegas, que não se vergonha em acreditar que pode mudar a vida de alguém, que acredita que está fazendo sua parte para melhorar o país. Aquele que não desiste, que dá novas e novas oportunidades. Mestre em desculpar e em reiniciar. Um mestre em acreditar na vitória de todos.

Os professores são capitães de um barco rumo ao futuro. Chefes de uma trupe que precisa de um norte. E norte aos perdidos. Sabedores de suas matérias. Sabedores das coisas da vida.  Seres viventes e duros, como rochas, que não podem fraquejar nunca. Donos de missões a cumprir - e que hão de serem cumpridas - de sol a sol, na ponta da caneta, no espirro do giz, no pulso que dói todas as noites.

Todo dia é dia de prova para um professor. Prova de dedicação, prova de luta, prova de amor. Ama-se a profissão e, por consequinte,  se é professor de coração. O bom professor fecha com a sua turma. O respeito vem como resultado e não por imposição. 

O pagamento mais sincero é o elogio verdadeiro de um aluno. E qual o preço deste pagamento? Não sei, acho que não tem preço. O pagamento vem quando aquele, mais arredio, se rende e entende que ele pode. Todos podem, lembram-se? Ele entendeu. Ganhamos um cidadão.

Parabéns a todos os mestres que moldaram meu caráter, me transpassaram sabedoria, e me ensinaram a viver. Estou tentando, caros mestres, a levar adiante pelo menos um pouco de que vocês me passaram. Estou tentando... A batalha continua, mas nesta luta não há violência, só inteligência...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

TEATRO DE UM VAMPIRO


Em 1996, infelizmente, o Brasil perdia um de seus maiores poetas e músicos: Renato Russo. Vitimado pela doença da hipocrisia dos humanos, Russo não resistiu a tantas barbaridades, à tanta banalização da violência, à prostituição de nossas crianças e a absoluta falta de intelecto. Morreu, desapareceu, foi para o espaço.

Deixou de agoniar as mazelas do mundo, cada vez maiores, cada vez mais intensas e, repito, cada vez mais banais. Pressupôs que não teríamos mais o apuro auditivo de outrora e que, nos idos de 2000 - 2017, louvaríamos cantores onomatopeicos que cantam o sexo na forma mais implícita.

Adivinhou que o politiquismo corretismo inundaria o país e que, apesar disso, o usaríamos erroneamente, perseguindo comediantes em vez de corruptos. Vislumbrou que violência e ignorância seria engraçado. E que vibraríamos porque alguém apanhou na TV. Pior: Vibraríamos porque alguém apanhou ao vivo. Tempos de odes violentus.

Renato cansou de dar murro em ponta de faca, até porque a faca (assim como os sorrisos) estavam enferrujados. Que país é este? Alguém irá bradar. De que adianta protestar se a gente ainda não aprendeu a sentir?

Pais e filhos, espirito santo... Gente que usa a religião de forma imperfeita. Gente que se aproveita da carência do povo. Que pena! Bora pro espaço, pra Via-Láctea. Estrelas são as nossas lágrimas.

Um dia a nossa nova juventude vai entender. Será? Por enquanto, não. O pra sempre, sempre acaba, mas este meio-caminho está foda de aguentar. 

Eu sou um vampiro, me sinto deslocado neste mundo de alienados. Eu não sou Alien, não sou passageiro, sou, talvez, da geração de uma Coca-Cola estragada. 

Onde estou? Aqui estou. Estou num teatro: O teatro dos resistentes. Eu acredito e vou alcançar.  Renato vive em cada grande ideia!